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Ataques a edifícios públicos na Venezuela causam duas mortes

Os fatos estão, aparentemente, vinculados aos protestos que desde há um mês se repetem em vários pontos do país, informaram fontes oficiais


	Ativistas da oposição: governador do estado de Mérida, onde ocorreram as duas mortes, atribuiu os fatos aos "grupos armados da direita assassina", em entrevista ao canal "VTV" (Juan Barreto/AFP)

Ativistas da oposição: governador do estado de Mérida, onde ocorreram as duas mortes, atribuiu os fatos aos "grupos armados da direita assassina", em entrevista ao canal "VTV" (Juan Barreto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2014 às 16h36.

Caracas - Os estados de Mérida e Táchira, no oeste da Venezuela, foram palco de novos incidentes que deixaram duas mulheres mortas e ataques a edifícios públicos em fatos aparentemente vinculados com os protestos que desde há um mês se repetem em vários pontos do país, informaram nesta segunda-feira fontes oficiais.

O governador de Mérida, o chavista Alexis Ramírez, informou nesta segunda-feira da morte de duas mulheres no estado, uma delas de nacionalidade chilena, e assegurou que as mortes foram produto de barricadas montadas por opositores ao Governo de Nicolás Maduro.

O governador atribuiu as mortes aos "grupos armados da direita assassina", em entrevista ao canal "VTV".

A morte no final de semana da cidadã de origem chilena Giselle Rubilar Figueroa, de 47 anos, se soma a da venezuelana DeLia Lobos, que faleceu durante um choque contra uma barricada instalada por pessoas que protestavam contra o Governo de Maduro, afirmou Ramírez. De acordo com o relato do governador, DeLia estava em sua moto quando se chocou contra um fio de aço colocado como parte da barricada, o que lhe causou uma fratura de crânio, levando posteriormente à morte.

"São duas vítimas produtos dessas ações de barricadas", afirmou Ramírez sem precisar quando aconteceu a morte de DeLia.

O governador afirmou que os focos de protestos em Mérida estão confinados ao município Libertador, que é governado pela oposição e faz parte da área metropolitana da capital estatal, enquanto o resto do estado "está em completa tranquilidade".

O estado Táchira, fronteiriço com a Colômbia e o lugar no qual os protestos contra Maduro foram mais violentos, amanheceu hoje com a sede do Ministério do Trabalho e uma sede da seguradora estatal La Previsora com fortes danos em suas fachadas.

Os protestos e atos de vandalismo na Venezuela contra as políticas do Executivo foram especialmente fortes neste estado, o que levou Maduro a dizer que estava disposto a declarar "estado de exceção" nessa zona do país.

Diferentes estados da Venezuela e Caracas são palco desde o início de fevereiro de protestos contra o Governo que em algumas cidades incluem a colocação de barricadas para impedir o trânsito de veículos.

A Venezuela se encontra imersa em um clima de protestos desde o passado 12 de fevereiro com um balanço de pelo menos 21 mortos, mais de 300 feridos e centenas de detidos.

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