Ataque na Somália: acredita-se que o número de mortos aumente nas próximas horas (Divulgação/Reuters)
EFE
Publicado em 14 de junho de 2017 às 18h54.
Última atualização em 14 de junho de 2017 às 19h33.
Mogadíscio - Pelo menos 10 pessoas morreram e 15 ficaram feridas nesta quarta-feira em um ataque terrorista em um restaurante de Mogadíscio, capital da Somália, que ainda está em andamento, já que criminosos fizeram reféns.
O ataque começou quando um terrorista suicida colidiu um carro com explosivos no restaurante após a interrupção do jejum de Ramadã, um momento em que as ruas estavam cheias.
Acredita-se que o número de mortos aumente nas próximas horas, disse à Agencia Efe o oficial de polícia Abshir Isak, que confirmou que a operação de resgate de reféns continua.
Nos últimos meses, dezenas de civis morreram em ataques cometidos em hotéis e restaurantes da capital, que se transformaram em alvos frequentes do grupo terrorista Al Shabab.
A milícia optou por uma estratégia de confronto direto e realizou também vários ataques a bases militares da missão da União Africana na Somália (Amisom), o que causou a morte de centenas de soldados.
Na semana passada, 61 soldados somalis morreram em uma ofensiva do Al Shabab contra uma base do Exército na região semiautônoma de Puntland, no nordeste do país, segundo um porta-voz do grupo, embora o secretário de segurança da região tenha dito que o número de soldados mortos foi de 30.
O ataque de hoje foi o primeiro contra civis desde o início do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos. Em 8 de maio, sete pessoas morreram e 13 ficaram gravemente feridas devido à explosão de um carro bomba também na porta de um restaurante de Mogadíscio.
Em abril, o governo da Somália declarou "estado de guerra" no país para ter mais recursos contra o Al Shabab, que ainda controla amplas áreas do sul e do centro do país, e ofereceu uma anistia aos terroristas que queiram se render.
O Al Shabab anunciou em 2012 sua adesão formal à rede terrorista Al Qaeda e luta para instaurar um Estado islâmico de linha wahhabita na Somália.