Síria: uma ONG apontou que 11 das vítimas pertenciam à mesma família e que o estado dos feridos é grave (Alaa Al-Faqir/Reuters)
EFE
Publicado em 18 de agosto de 2017 às 11h09.
Cairo - Pelo menos 24 civis, entre eles oito menores de idade e sete mulheres, morreram nesta sexta-feira em um ataque da aviação da coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, na cidade de Raqqa, considerada a capital do grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) apontou que 11 das vítimas pertenciam à mesma família e que o estado dos feridos é grave.
Com este incidente, o número de civis mortos em ataques da aliança em Raqqa subiu para 83, entre eles 29 menores e 16 mulheres, desde a última segunda-feira.
O OSDH indicou que os civis são obrigados a viver sob o assédio do EI enquanto a aviação da coalizão internacional continua realizando "massacres" contra a população.
"Contamos ali entre 20 mil e 25 mil civis que estão sendo utilizados como escudos humanos pelo EI, em uma área onde há contínuos bombardeios aéreos da coalizão", disse ontem o coordenador humanitário da ONU na Síria, Khan Egeland, que apontou Raqqa como "o pior lugar" para os civis na Síria.
A província onde fica a cidade, de mesmo nome, é o principal bastião do EI e é alvo de uma ofensiva das Forças da Síria Democrática (FSD), milícias lideradas por curdos, que contam com o apoio da coalizão internacional.
A aliança iniciou sua campanha militar na Síria em 23 de setembro de 2014, quase três meses após a autoproclamação de um califado por parte dos jihadistas na Síria e no Iraque.