Destroços do avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia, matando 298 pessoas (Maxim Zmeyev/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2014 às 12h31.
Kuala Lumpur - O ministro dos Transportes da Malásia, Liow Tiong Lai, disse hoje (18) que a confirmação de que um avião comercial foi abatido quando sobrevoava a Ucrânia seria "um ato de ira contra a decência humana". "Se isso realmente for confirmado, seria um ato contra a Lei internacional”, disse o governante aos jornalistas.
O avião da Malaysia Airlines, com 298 pessoas a bordo, viajava de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, e desapareceu dos radares da Ucrânia a uma altitude de 10 mil metros.
O "Boeing-777" perdeu a comunicação com terra na região oriental de Donetsk, perto da cidade de Shaktarsk - palco de combates entre forças governamentais ucranianas e rebeldes pró-russos.
Os serviços secretos norte-americanos disseram “acreditar fortemente” que o avião foi abatido por um míssil terra-ar, de origem ainda desconhecida.
O conselho permanente da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) marcou reunião de emergência para hoje, um dia depois do acidente do avião no leste da Ucrânia. A reunião acontece em Viena. A OSCE efetua uma missão especial de observação na Ucrânia desde março.
A operadora nacional da Malásia é uma das poucas empresa que ainda utiliza o corredor aéreo da Ucrânia na ligação entre a Ásia e a Europa. A maioria das companhias aéreas deslocou o tráfego mais ou menos 250 quilômetros, para evitar sobrevoar esta zona de conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
"Deixamos de voar sobre a Ucrânia por causa de preocupações com a segurança", disse o porta-voz da Asiana, uma companhia aérea da Coreia do Sul que, assim como a Korean Air, a australiana Qantas e a China Airlines.