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Ataque a tiros em escola na Califórnia deixa ao menos dois mortos

O ataque ocorreu na escola Saugus, em Santa Clarita; suspeito foi preso pela polícia

Califórnia: alunos foram escoltados ao deixar a escola (NBCLA/Reuters)

Califórnia: alunos foram escoltados ao deixar a escola (NBCLA/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de novembro de 2019 às 14h01.

Última atualização em 14 de novembro de 2019 às 18h20.

Santa Clarita —  Um estudante de ensino médio do Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, vestido de preto é suspeito de ter aberto fogo em uma escola nesta quinta-feira, matando pelo menos duas pessoa e ferindo várias outras antes de ser preso, disseram autoridades.

"O suspeito está sob custódia e está sendo tratado em um hospital local", disse o xerife do condado de Los Angeles, Alex Villanueva, no Twitter.

Além de uma uma adolescente de 16 anos e um jovem de 14 anos que morreram, dois homens estavam em estado crítico e outro em boas condições, informou o Hospital Henry Mayo Newhall no Twitter. Segundo a polícia de Los Angeles, seis pessoas foram levadas ao hospital após a tragédia na escola secundária Saugus em Santa Clarita, a aproximadamente 60 quilômetros de Los Angeles.

"Acreditamos, neste momento, que existe apenas um suspeito, mas estamos investigando ativamente e seguindo todas as pistas", disse no Twitter a unidade de Santa Clarita Valley do gabinete do xerife do condado de Los Angeles.

O suspeito foi descrito pela polícia como um homem asiático e estudante na Saugus High School, em Santa Clarita, a cerca de 80 km ao norte de Los Angeles.

Uma arma foi recuperada no local, informou um policial à emissora de televisão NBC.

O incidente marcou mais um tiroteio em escolas nos EUA, onde ataques com arma de fogo intensificaram, nos últimos anos, o debate sobre o controle de armas e o direito constitucional de cidadãos em manter e portar armas.

Um vídeo da emissora de televisão NBC mostrava uma fila de estudantes saindo da escola e uma fila de veículos da polícia e dos bombeiros estacionados em frente.

"Eu estava com muito, muito medo. Estava tremendo", disse uma aluna à televisão da NBC, acrescentando que viu uma pessoa deitada no chão coberta de sangue.

A aluna disse que estava fazendo o dever de casa quando as pessoas começaram a correr, e ela se escondeu debaixo de uma mesa até a polícia entrar no prédio.

A mãe do aluno Anthony Peters disse à NBC que ele ainda estava preso dentro da escola, mas havia mandado uma mensagem dizendo não estar ferido.

"Um dos professores disse: 'Existe um atirador ativo. Ouvi os tiros e vi três crianças sendo baleadas'", afirmou a mãe de Peters à NBC.

Alguns dos feridos estavam sendo tratados em uma área de gramado no campus da escola, informou o Los Angeles Times. Pelo menos uma pessoa ferida foi encontrada na sala de coral da escola, disseram as autoridades ao jornal.

Cerca de 2,3 mil estudantes frequentam a escola, que é composta por mais de uma dúzia de edifícios.

O ocorrido na Saugus High School lembrava outros recentes tiroteios em massa em escolas norte-americanas, incluindo o massacre na Marjory Stoneman Douglas High School, em Parkland, no Estado da Flórida, onde um ex-aluno com uma arma matou 17 pessoas em 14 de fevereiro de 2018.

O massacre do dia dos namorados em Stoneman desencadeou um movimento liderado por estudantes em todo o país, exigindo segurança escolar e de armas. Em agosto, os sobreviventes do tiroteio lançaram um plano abrangente de controle de armas, que baniria rifles de assalto e tomaria outras medidas com o objetivo de reduzir, pela metade, as mortes e ferimentos por armas de fogo nos EUA em uma década.

(Com Estadão Conteúdo e AFP)

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