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Assessora mais próxima de Trump, Hope Hicks deixa a Casa Branca

Anúncio veio depois de Hicks reconhecer em audiência no Congresso que disse "mentiras piedosas" sobre influência da Rússia nas eleições para favorecer Trump

Donald Trump e Hope Hicks: ela era a assessora mais antiga e tão próxima do presidente que muitos a chamavam de sua "filha adotiva" (Carlos Barria/Reuters)

Donald Trump e Hope Hicks: ela era a assessora mais antiga e tão próxima do presidente que muitos a chamavam de sua "filha adotiva" (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 29 de março de 2018 às 20h46.

Washington - Quase um mês depois de anunciar que deixaria o cargo de diretora de comunicação da Casa Branca, Hope Hicks entregou o cargo nesta quinta-feira, deixando a tarefa, ao menos temporariamente, nas mãos do próprio presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que parece não ter pressa para substituí-la.

Hicks era a assessora mais antiga e tão próxima do presidente que muitos a chamavam de sua "filha adotiva". A assessora se despediu hoje de Trump e os dois saíram juntos do Salão Oval da Casa Branca para saudar os jornalistas.

"Hope foi uma tremenda líder para nossa equipe", disse Lindsay Walters, uma das porta-vozes da Casa Branca, em entrevista.

A assessora, de 29 anos, anunciou no fim de fevereiro que deixaria o cargo para buscar outras oportunidades. O anúncio veio depois de Hicks reconhecer em uma audiência em um comitê do Congresso que investiga a influência da Rússia nas eleições que disse "mentiras piedosas" para favorecer Trump.

A saída de Hicks deixa o presidente praticamente sem pessoas nas quais confia verdadeiramente. Outro grande aliado de Trump, Keith Schiller, deixou seu cargo sem setembro. Ele ganhou o posto depois de servir o empresário como guarda-costas desde 1999.

Por enquanto, não há substituto para Hicks. Segundo a imprensa americana, Trump parece não estar com pressa para contratar alguém, e confia na própria capacidade de transmitir as mensagens que desejar para o povo americano através, sobretudo, do Twitter.

"Ele é o próprio diretor de comunicações. Realmente, não há necessidade", disse um ex-funcionário do governo ao "Politico".

Segundo a "CNN", várias pessoas que assessoram Trump fora da Casa Branca disseram que ele não precisa de um chefe de gabinete ou de um diretor de comunicação no sentido tradicional dos cargos.

Por outro lado, dentro da Casa Branca, dois nomes surgem para substituir Hicks: a atual diretora de comunicações estratégicas, Mercedes Schlapp, e o porta-voz do Departamento do Tesouro, Tony Sayegh.

Schlapp é filha de exilados cubanos. Segundo o jornal "The Washington Post", o pai dela foi preso e acusado de orquestrar uma tentativa de assassinato contra Fidel Castro antes da família da assessora ter fugido para Flórida.

O marido da diretora é Matt Schlapp, presidente da União Conservadora Americana, uma poderosa organização que organiza a Conferência Conservadora de Ação Política (CPAC).

Mas Hicks recomendou que Sayegh seja seu sucessor, gerando uma batalha interna nas últimas semanas.

Alguns na Casa Branca acreditam, porém, que nenhum dos dois assumirá o cargo. Esperam que Trump peça à conselheira e ex-chefe de campanha, Kellyanne Conway, para assumir as funções na diretoria de comunicação interinamente.

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