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Assembleia Nacional da Líbia decide adotar lei islâmica

Assembleia decidiu tornar a lei islâmica a fonte de toda a legislação do país, numa tentativa dos moderados de despistar militantes ultraconservadores

Protestos na Líbia: país ainda passa por uma transição confusa, sem uma nova Constituição (Esam Omran Al-Fetori/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 19h39.

Trípoli - A Assembleia Nacional da Líbia decidiu em votação nesta quarta-feira tornar a lei islâmica, ou sharia, a fonte de toda a legislação do país, numa aparente tentativa dos islamistas moderados de despistar militantes ultraconservadores que têm ganhado influência.

Dois anos após o levante apoiado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte ( Otan ) que derrubou Muammar Gaddafi, a Líbia ainda passa por uma transição confusa, sem uma nova Constituição, com um governo temporário e as novas forças de segurança lutando para conter milícias e ex-rebeldes.

O impacto imediato do anúncio não ficou claro em um país que já tem maioria muçulmana, embora possa afetar a legislação penal e financeira.

"O sistema legislativo não contém muitas leis que contradizem a lei islâmica, por isso é fácil de dizer que a sharia seria a única fonte de legislação", disse Ibrahim al- Gharyani, do partido Aliança das Forças Nacionais.

Mas legisladores sugeriram que pelo menos parte da razão da declaração do Congresso Geral Nacional foi política.

Como na Tunísia e no Egito, onde líderes autocráticos também foram expulsos nas revoltas da Primavera Árabe, a Líbia viu um intenso debate sobre o papel do Islã na nova democracia com a ascensão dos islamistas ultraconservadores longamente suprimidos por Gaddafi.

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Dois anos após o levante apoiado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte ( Otan ) que derrubou Muammar Gaddafi, a Líbia ainda passa por uma transição confusa, sem uma nova Constituição, com um governo temporário e as novas forças de segurança lutando para conter milícias e ex-rebeldes.

O impacto imediato do anúncio não ficou claro em um país que já tem maioria muçulmana, embora possa afetar a legislação penal e financeira.

"O sistema legislativo não contém muitas leis que contradizem a lei islâmica, por isso é fácil de dizer que a sharia seria a única fonte de legislação", disse Ibrahim al- Gharyani, do partido Aliança das Forças Nacionais.

Mas legisladores sugeriram que pelo menos parte da razão da declaração do Congresso Geral Nacional foi política.

Como na Tunísia e no Egito, onde líderes autocráticos também foram expulsos nas revoltas da Primavera Árabe, a Líbia viu um intenso debate sobre o papel do Islã na nova democracia com a ascensão dos islamistas ultraconservadores longamente suprimidos por Gaddafi.

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