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Assange prevê deixar Embaixada do Equador em 1 ano

O fundador do WikiLeaks afirmou que deve levar esse tempo para deixar a embaixada se a Justiça sueca desistir de acusá-lo por supostos abusos sexuais


	Assange: "com uma investigação integral sobre o que aconteceu aqui, talvez eles abandonassem o caso, que acho que se resolveria em seis a 12 meses"
 (Leon Neal/AFP)

Assange: "com uma investigação integral sobre o que aconteceu aqui, talvez eles abandonassem o caso, que acho que se resolveria em seis a 12 meses" (Leon Neal/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2012 às 08h54.

Quito - O fundador do site WikiLeaks, o australiano Julian Assange, estimou nesta quinta-feira que pode sair da Embaixada do Equador em Londres em até um ano se a Justiça sueca desistir de acusá-lo por supostos abusos sexuais.

Em entrevista gravada na própria Embaixada com o jornalista uruguaio Jorge Gestoso e divulgada pela televisão equatoriana "Gama" e a cadeia venezuelana "Telesur", Assange insistiu que sua vida corre perigo se for extraditado aos Estados Unidos, onde, segundo ele, pode ser condenado à morte ou à prisão perpétua.

Assange se encontra desde junho na Embaixada equatoriana na capital britânica, mas, embora o Equador tenha lhe concedido asilo, não pode sair da legação diplomática porque o Reino Unido lhe negou um salvo-conduto.

As autoridades britânicas afirmam que são obrigadas a extraditá-lo à Suécia para que responda às acusações.

"Acho que a situação se resolverá por meio da diplomacia ou por meio de um acontecimento incomum no mundo, como uma guerra com o Irã, a eleição nos Estados Unidos ou a desistência do caso por parte do Governo sueco", avaliou.

"Acredito que esta última hipótese seria a mais provável. Com uma investigação integral sobre o que aconteceu aqui, talvez eles abandonassem o caso, que acho que se resolveria em seis a 12 meses", apontou Assange.

O ativista, de qualquer maneira, deixou claro que seguirá a luta de sua organização pela democratização da informação, sobretudo as referentes a nações poderosas que, segundo ele, criaram um perverso sistema de leis para seu próprio benefício.

Assange assegurou que nos Estados Unidos foi montado um "júri de inquisição" para promover um julgamento contra ele e alguns de seus colaboradores por terem revelado milhares de documentos diplomáticos.

O hacker lembrou que algumas autoridades nos EUA o tacharam de terrorista e sugeriram sua eliminação física, enquanto está em curso uma investigação contra si, apesar de o Departamento de Estado negar isso.

Sobre as acusações de abuso sexual, Assange avaliou que houve irregularidades no processo e disse que não responderá a isso através da imprensa para não "terminar legitimando as acusações escandalosas". EFE

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