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Assad perderá legitimidade com violência contínua, diz Alemanha

Declaração foi feita pelo porta-voz do governo alemão, Christoph Steegmans

Assad é condenado por seus procedimentos de repressão aos opositores do governo (AFP)

Assad é condenado por seus procedimentos de repressão aos opositores do governo (AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2011 às 10h17.

Berlim - O presidente da Síria, Bashar al-Assad, perderá sua legitimidade de governar se ele não encerrar a repressão militar contra protestos de civis, disse o porta-voz do governo alemão Christoph Steegmans nesta segunda-feira.

O comentário dele reforçou as condenações externas à forma com que Assad está lidando com as revoltas que já duram quase cinco meses e aumentaram no fim de semana, chegando a provocar uma rara repreensão por parte da Arábia Saudita.

"O Exército da Síria, como vimos no final de semana, continuou seus ataques brutais a civis", afirmou Steegmans a repórteres em briefing à imprensa. "Se o presidente Assad continuar rejeitando o diálogo com o povo sírio e usando violência, a visão do governo alemão é de que ele perderá sua legitimidade para continuar liderando o país no futuro."

O Rei Abdullah, da Arábia Saudita, rompeu o silêncio na segunda-feira depois da semana mais sangrenta de protestos por mais liberdade política na Síria, exigindo o fim do derramamento de sangue e chamando de volta o embaixador saudita em Damasco.

O Ministério de Relações Exteriores da Alemanha afirmou que acreditava que Assad já havia perdido sua legitimidade perante os olhos do povo sírio, e que ele estava se colocando em uma situação cada vez pior diante da comunidade internacional.

"No momento, o regime sírio está fazendo todo o possível para minar sua própria legitimidade", afirmou o porta-voz Dirk Augustin.

Berlim segue em contato com países da região e vê com bons olhos a crescente pressão sobre Damasco. "É muito positivo que a Turquia também esteja pressionando, assim como a Liga Árabe, o Conselho de Cooperação do Golfo e a Arábia Saudita cada vez mais criticando a situação na Síria", acrescentou Augustin.

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