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Assad oferece anistia a rebeldes que abandonarem Aleppo

A oferta de anistia vem na esteira de duas semanas dos bombardeios mais pesados da guerra civil de cinco anos e meio

Aleppo: os opositores disseram não ter planos de se retirar de Aleppo, a última grande área urbana que comandam (Abdalrhman Ismail / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2016 às 17h41.

Beirute  / Genebra - Os rebeldes escondidos em Aleppo podem partir com suas famílias se depuserem as armas, disse o presidente da Síria, Bashar al-Assad , nesta quinta-feira, prometendo seguir em frente com o ataque à maior cidade do país e retomar o controle total do país.

A oferta de anistia vem na esteira de duas semanas dos bombardeios mais pesados da guerra civil de cinco anos e meio, que mataram centenas de pessoas retidas no setor leste da localidade, dominado pelos rebeldes, e minaram uma iniciativa de paz apoiada pelos Estados Unidos.

Os combatentes aceitaram propostas de anistia semelhantes do governo em outras áreas sitiadas nos últimos meses, notadamente em Daraya, subúrbio de Damasco que ficou sob cerco durante anos até que os insurgentes se renderam em agosto.

Mas os opositores disseram não ter planos de se retirar de Aleppo, a última grande área urbana que comandam, e repudiaram a oferta, que veem como uma armadilha.

"É impossível para os grupos rebeldes deixarem Aleppo porque isso seria um truque do regime", disse Zakaria Malahifji, autoridade do grupo Fastaqim, que está presente na cidade síria , à Reuters, da Turquia.

"Aleppo não é como outras áreas, não é possível para eles se renderem".

Washington também desconfia dos motivos do governo: "Eles insinuarem que agora estão atentos aos interesses dos civis de alguma maneira é ultrajante", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, citando o saldo enorme de mortes de civis resultante dos ataques aéreos e dos bombardeios.

O Exército anunciou uma redução de ataques na quarta-feira para que as pessoas possam ir embora, e o confirmou com um ultimato: "Todos aqueles que não aproveitarem a oportunidade oferecida para depor as armas ou partir irão enfrentar seu destino inevitável".

O governo também enviou mensagens de texto aos celulares de algumas das pessoas presas no setor sitiado, orientando-as a repudiar os combatentes em seu meio.

Acredita-se que mais de 250 mil pessoas estão no leste rebelado de Aleppo enfrentando a escassez de alimento e remédios.

Falando à televisão dinamarquesa, Assad afirmou que irá "continuar a luta com os rebeldes até eles deixarem Aleppo. Eles têm que fazê-lo. Não há outra opção".

Ele disse que quer que os insurgentes aceitem um acordo para abandonar a cidade, acompanhados de seus familiares, e viajar para outras áreas sob controle rebelde, como em Daraya. Nem Assad nem seus generais deram um prazo para os opositores aceitarem a oferta.

Washington acusa Moscou e Damasco de crimes de guerra por visar intencionalmente civis, remessas de ajuda humanitária e hospitais para dobrar a vontade daqueles que se encontram na cidade cercada.

Rússia e Síria, por sua vez, acusam os EUA de apoiarem terroristas ao auxiliarem grupos rebeldes.

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A oferta de anistia vem na esteira de duas semanas dos bombardeios mais pesados da guerra civil de cinco anos e meio, que mataram centenas de pessoas retidas no setor leste da localidade, dominado pelos rebeldes, e minaram uma iniciativa de paz apoiada pelos Estados Unidos.

Os combatentes aceitaram propostas de anistia semelhantes do governo em outras áreas sitiadas nos últimos meses, notadamente em Daraya, subúrbio de Damasco que ficou sob cerco durante anos até que os insurgentes se renderam em agosto.

Mas os opositores disseram não ter planos de se retirar de Aleppo, a última grande área urbana que comandam, e repudiaram a oferta, que veem como uma armadilha.

"É impossível para os grupos rebeldes deixarem Aleppo porque isso seria um truque do regime", disse Zakaria Malahifji, autoridade do grupo Fastaqim, que está presente na cidade síria , à Reuters, da Turquia.

"Aleppo não é como outras áreas, não é possível para eles se renderem".

Washington também desconfia dos motivos do governo: "Eles insinuarem que agora estão atentos aos interesses dos civis de alguma maneira é ultrajante", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, citando o saldo enorme de mortes de civis resultante dos ataques aéreos e dos bombardeios.

O Exército anunciou uma redução de ataques na quarta-feira para que as pessoas possam ir embora, e o confirmou com um ultimato: "Todos aqueles que não aproveitarem a oportunidade oferecida para depor as armas ou partir irão enfrentar seu destino inevitável".

O governo também enviou mensagens de texto aos celulares de algumas das pessoas presas no setor sitiado, orientando-as a repudiar os combatentes em seu meio.

Acredita-se que mais de 250 mil pessoas estão no leste rebelado de Aleppo enfrentando a escassez de alimento e remédios.

Falando à televisão dinamarquesa, Assad afirmou que irá "continuar a luta com os rebeldes até eles deixarem Aleppo. Eles têm que fazê-lo. Não há outra opção".

Ele disse que quer que os insurgentes aceitem um acordo para abandonar a cidade, acompanhados de seus familiares, e viajar para outras áreas sob controle rebelde, como em Daraya. Nem Assad nem seus generais deram um prazo para os opositores aceitarem a oferta.

Washington acusa Moscou e Damasco de crimes de guerra por visar intencionalmente civis, remessas de ajuda humanitária e hospitais para dobrar a vontade daqueles que se encontram na cidade cercada.

Rússia e Síria, por sua vez, acusam os EUA de apoiarem terroristas ao auxiliarem grupos rebeldes.

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