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Assad estaria "disposto a tudo" para se manter no poder

O vice-ministro de Relações Exteriores sírio, Faisal Al-Miqdad disse que o presidente sírio seguirá, "custe o que custar", sua guerra contra a oposição "minoritária"

Presidente sírio Bashar al-Assad: Al-Miqdad descartou que Assad possa se exilar no exterior. (SANA/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 14h20.

Berlim - O vice-ministro de Relações Exteriores sírio, Faisal Al-Miqdad, afirmou em entrevista divulgada nesta terça-feira pela revista alemã "Der Spiegel", que o presidente de seu país, Bashar al-Assad , "está disposto a tudo" para se manter no poder.

Al-Miqdad acrescentou que o presidente sírio seguirá, "custe o que custar", sua guerra contra a oposição "minoritária", que acusa ser formada por islamistas, de mentir quanto aos crimes de guerra cometidos pelas tropas do Exército e de estar armada e ser financiada desde o exterior com o objetivo de combater o regime para o benefício de Israel.

"Só posso alertar os europeus sobre o que representa seguir apoiando estes grupos. Esta gente não luta contra a Síria, mas contra a ordem de todos os estados civilizados, e em breve lutarão contra seus países", advertiu.

Com relação a isso, Al-Miqdad acrescentou que os "ataques" foram "organizados em grande parte fora" da Síria e que "os grupos combatentes contam com bilhões de dólares de alguns estados do golfo (Pérsico)".

O vice-ministro disse que os "ganhadores" de uma eventual vitória da oposição em nível internacional "seriam Israel e Estados Unidos",já que a queda de Assad faria "esquecer o conflito entre israelenses e árabes".

"Israel poderia viver em paz, conservar as Colinas do Golã e Jerusalém, e seguir humilhando os palestinos", acrescentou o vice-ministro sírio, que destacou que o regime de Assad é o único vizinho de Israel que segue defendendo "sua posição" frente a esse Estado.

"A proteção contra Israel é a única explicação", argumentou.


Al-Miqdad se mostrou "otimista" e assegurou que o Exército fiel a Assad é "suficientemente forte" para vencer o "ataque de uma aliança de países ocidentais e estados do golfo (Pérsico)".

"Podemos aguentar o tempo que for necessário", afirmou o vice-ministro.

Além disso, Al-Miqdad descartou que Assad possa se exilar no exterior e afirmou que em sua recente visita à Rússia, único aliado real da Síria em nível internacional, essa questão não foi tratada.

O vice-ministro disse que a solução para a guerra civil, que há quase dois anos assola a Síria - e que causou 60 mil mortes e fez com que mais de 600 mil pessoas se descolassem-, seria que "todos" os implicados na guerra civil "se sentem em torno de uma mesa-redonda para fixar o futuro do país".

Al-Miqdad reconheceu que o Governo sírio pode ter cometido algum "erro", mas exclusivamente no âmbito socioeconômico, já que as denúncias dos "provocadores" por violações dos direitos humanos são meras "propagandas de guerra".

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Berlim - O vice-ministro de Relações Exteriores sírio, Faisal Al-Miqdad, afirmou em entrevista divulgada nesta terça-feira pela revista alemã "Der Spiegel", que o presidente de seu país, Bashar al-Assad , "está disposto a tudo" para se manter no poder.

Al-Miqdad acrescentou que o presidente sírio seguirá, "custe o que custar", sua guerra contra a oposição "minoritária", que acusa ser formada por islamistas, de mentir quanto aos crimes de guerra cometidos pelas tropas do Exército e de estar armada e ser financiada desde o exterior com o objetivo de combater o regime para o benefício de Israel.

"Só posso alertar os europeus sobre o que representa seguir apoiando estes grupos. Esta gente não luta contra a Síria, mas contra a ordem de todos os estados civilizados, e em breve lutarão contra seus países", advertiu.

Com relação a isso, Al-Miqdad acrescentou que os "ataques" foram "organizados em grande parte fora" da Síria e que "os grupos combatentes contam com bilhões de dólares de alguns estados do golfo (Pérsico)".

O vice-ministro disse que os "ganhadores" de uma eventual vitória da oposição em nível internacional "seriam Israel e Estados Unidos",já que a queda de Assad faria "esquecer o conflito entre israelenses e árabes".

"Israel poderia viver em paz, conservar as Colinas do Golã e Jerusalém, e seguir humilhando os palestinos", acrescentou o vice-ministro sírio, que destacou que o regime de Assad é o único vizinho de Israel que segue defendendo "sua posição" frente a esse Estado.

"A proteção contra Israel é a única explicação", argumentou.


Al-Miqdad se mostrou "otimista" e assegurou que o Exército fiel a Assad é "suficientemente forte" para vencer o "ataque de uma aliança de países ocidentais e estados do golfo (Pérsico)".

"Podemos aguentar o tempo que for necessário", afirmou o vice-ministro.

Além disso, Al-Miqdad descartou que Assad possa se exilar no exterior e afirmou que em sua recente visita à Rússia, único aliado real da Síria em nível internacional, essa questão não foi tratada.

O vice-ministro disse que a solução para a guerra civil, que há quase dois anos assola a Síria - e que causou 60 mil mortes e fez com que mais de 600 mil pessoas se descolassem-, seria que "todos" os implicados na guerra civil "se sentem em torno de uma mesa-redonda para fixar o futuro do país".

Al-Miqdad reconheceu que o Governo sírio pode ter cometido algum "erro", mas exclusivamente no âmbito socioeconômico, já que as denúncias dos "provocadores" por violações dos direitos humanos são meras "propagandas de guerra".

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