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Assad decreta nova anistia geral

A decisão foi tomada um dia depois de ofertas de diálogo e de reformas terem sido consideradas insuficientes pela oposição

Muitas cidades sírias são cenários frequentes de manifestações contra o regime de Assad (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2011 às 11h07.

Damasco - O presidente sírio, Bashar al-Assad, decretou nesta terça-feira uma nova anistia, um dia depois de uma oferta de diálogo e de reformas considerada insuficiente pela oposição.

No mesmo dia do anúncio, milhares de partidários de Assad saíram às ruas do centro de Damasco.

Os manifestantes, procedentes de Damasco e das cidades próximas, exibiam bandeiras sírias e gritavam frases como "Vamos nos sacrificar por Bashar" e "Deus, Síria, Bashar, e nada mais".

Segundo a televisão pública, simpatizantes de Assad também saíram às ruas de Homs (centro), Alepo (norte), Latakia (noroeste), Deir Ezzor (leste), Idleb (noroeste) e Deraa (sul), onde teve início em março o movimento contra o regime.

Todas as cidades são cenários frequentes de manifestações contra o regime de Assad.

A agência de notícias oficial Sana informou que "milhões de sírios se mobilizaram nas grandes cidades do país para apoiar o plano de reformas globais anunciado por Assad".

Em um discurso na segunda-feira, o presidente sírio prometeu reformas, incluindo a possibilidade da supressão do artigo 8 da Constituição, que assegura a supremacia política do partido Baath, que governa a Síria desde 1963. A anulação do texto é uma das principais exigências da oposição.

Mas as promessas foram consideradas insuficientes pela oposição e a comunidade internacional. Os manifestantes voltaram a protestar em várias regiões, como Alepo e Homs, e defenderam a continuidade do movimento até a queda do regime.

Nesta terça-feira, Bashar al-Assad, decretou uma nova anistia geral para todos os crimes anteriores a 20 de junho, anunciou a agência oficial Sana, sem revelar mais detalhes.

Em 31 de maio, Assad decretou uma anistia geral que incluía todos os presos políticos, incluindo membros da Irmandade Muçulmana. Centenas de detidos foram liberados, segundo organizações de defesa dos direitos humanos, mas a repressão violenta não terminou com a medida.

"Senti que a anistia decretada não foi satisfatória, vamos a estendê-la para que inclua outros (detentos), sem colocar em risco a segurança do Estado", afirmou Assad na segunda-feira.

Durante o discurso da véspera, o terceiro desde o início da revolta contra o regime em 15 de março, o chefe de Estado pediu um "diálogo nacional" que poderia culminar com uma nova Constituição.

Mas advertiu que as reformas propostas não poderiam ser decididas de maneira precipitada e propôs aguardar até a eleição de um novo Parlamento em agosto.

O governo enviou nos últimos meses tropas e tanques a várias cidades para reprimir a revolta, sob a alegação de que a intervenção era necessária pela presença de "terroristas armados", e sem admitir abertamente a amplitude dos protestos.

A repressão das manifestações deixou mais de 1.300 mortos entre os civis e 10.000 pessoas foram detidas, segundo ONGs sírias.

O presidente americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, concordaram na segunda-feira que o "governo sírio deve acabar com a violência de maneira imediata, e aplicar rapidamente reformas significativas".

A Turquia, país de fronteira com a Síria, recebeu mais de 10.000 refugiados sírios que fugiram da violência.

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Damasco - O presidente sírio, Bashar al-Assad, decretou nesta terça-feira uma nova anistia, um dia depois de uma oferta de diálogo e de reformas considerada insuficiente pela oposição.

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Todas as cidades são cenários frequentes de manifestações contra o regime de Assad.

A agência de notícias oficial Sana informou que "milhões de sírios se mobilizaram nas grandes cidades do país para apoiar o plano de reformas globais anunciado por Assad".

Em um discurso na segunda-feira, o presidente sírio prometeu reformas, incluindo a possibilidade da supressão do artigo 8 da Constituição, que assegura a supremacia política do partido Baath, que governa a Síria desde 1963. A anulação do texto é uma das principais exigências da oposição.

Mas as promessas foram consideradas insuficientes pela oposição e a comunidade internacional. Os manifestantes voltaram a protestar em várias regiões, como Alepo e Homs, e defenderam a continuidade do movimento até a queda do regime.

Nesta terça-feira, Bashar al-Assad, decretou uma nova anistia geral para todos os crimes anteriores a 20 de junho, anunciou a agência oficial Sana, sem revelar mais detalhes.

Em 31 de maio, Assad decretou uma anistia geral que incluía todos os presos políticos, incluindo membros da Irmandade Muçulmana. Centenas de detidos foram liberados, segundo organizações de defesa dos direitos humanos, mas a repressão violenta não terminou com a medida.

"Senti que a anistia decretada não foi satisfatória, vamos a estendê-la para que inclua outros (detentos), sem colocar em risco a segurança do Estado", afirmou Assad na segunda-feira.

Durante o discurso da véspera, o terceiro desde o início da revolta contra o regime em 15 de março, o chefe de Estado pediu um "diálogo nacional" que poderia culminar com uma nova Constituição.

Mas advertiu que as reformas propostas não poderiam ser decididas de maneira precipitada e propôs aguardar até a eleição de um novo Parlamento em agosto.

O governo enviou nos últimos meses tropas e tanques a várias cidades para reprimir a revolta, sob a alegação de que a intervenção era necessária pela presença de "terroristas armados", e sem admitir abertamente a amplitude dos protestos.

A repressão das manifestações deixou mais de 1.300 mortos entre os civis e 10.000 pessoas foram detidas, segundo ONGs sírias.

O presidente americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, concordaram na segunda-feira que o "governo sírio deve acabar com a violência de maneira imediata, e aplicar rapidamente reformas significativas".

A Turquia, país de fronteira com a Síria, recebeu mais de 10.000 refugiados sírios que fugiram da violência.

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