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Assad confirma candidatura em eleições presidenciais sírias

O presidente sírio, Bashar al-Assad, no poder desde 2000, anunciou sua candidatura para a eleição presidencial de 3 de junho

O presidente sírio, Bashar al-Assad: a princípio, Assad deve ser reeleito sem problemas (AFP)

O presidente sírio, Bashar al-Assad: a princípio, Assad deve ser reeleito sem problemas (AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 10h59.

Damasco - O presidente sírio, Bashar al-Assad, no poder desde 2000, anunciou nesta segunda-feira sua candidatura para a eleição presidencial de 3 de junho.

"Eu, o cidadão Bashar Hafez al-Assad, desejo apresentar-me como candidato ao cargo de presidente da República Síria", afirmou em uma carta lida pelo presidente do Parlamento, Mohamed al-Lahham.

Assad, que a princípio deve ser reeleito sem problemas, é o sétimo candidato a anunciar que está na disputa pela presidência da Síria, país que está em guerra civil desde março de 2011.

A oposição e as potências ocidentais consideram uma "farsa" a eleição de 3 de junho, que será organizada nas áreas controladas pelo governo.

A família de Assad, de 48 anos, governa a Síria há mais de quatro décadas.

Em março, o Parlamento sírio aprovou uma lei que exclui de fato a oposição no exílio do processo eleitoral.

"Peço ao conjunto dos cidadãos sírios que se abstenham de atirar para o alto para manifestar sua alegria, em qualquer ocasião, quando a Síria vai conhecer as primeiras eleições de sua história moderna", escreveu Assad.

"Os que desejam expressar sua alegria e apoio a qualquer candidato à presidência devem comportar-se com um senso de responsabilidade nacional, comparecendo para votar na data determinada", completou.


As autoridades sírias limitaram o direito de voto dos refugiados sírios nas eleições, e serão autorizados a exercer seu direito apenas os que atravessaram legalmente a fronteira, afirmou nesta segunda-feira o presidente da Comissão Eleitoral.

Hisham Shar, citado pelo jornal pró-governamental Al Watan, afirmou que "os sírios que abandonaram a Síria de maneira ilegal não têm direito a votar" nos países que acolhem refugiados.

"A lei eleitoral autoriza os sírios que residem no exterior a votar se sua estadia for legal", acrescentou.

As organizações humanitárias estimam em 88%, mais de milhão de sírios, os refugiados que entraram legalmente no Líbano pelo posto fronteiriço de Masna.

Os refugiados na Jordânia viveriam uma situação similar, o que não é o caso da grande maioria dos que se encontram na Turquia e no Iraque.

"O território sírio está aberto a qualquer cidadão sírio que queira exercer seu direito de voto, em especial os que se encontram em países vizinhos", disse Shar.

A Comissão Eleitoral também indicou que encontrará as soluções adequadas para facilitar o voto dos cidadãos residentes em regiões afetadas pela violência do conflito na Síria, que já deixou mais de 150.000 mortos e mais de nove milhões de refugiados e deslocados.

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