Arquivos secretos da ditadura argentina são liberados
Os arquivos poderão ser consultados através de duas bases digitais que funcionarão na Biblioteca Aeronáutica da capital argentina
Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2014 às 17h19.
Buenos Aires - Um arquivo com 1.500 pastas da ditadura argentina (1976-1983) contendo documentos secretos do regime será aberto para consulta pública no final deste mês, anunciou o governo neste domingo.
Os documentos, encontrados em novembro do ano passado em um subsolo da sede da Força Aérea, poderão ser consultados a partir de 20 de março, quatro dias antes dos 38 anos do golpe militar que deu início a uma sangrenta ditadura.
"A ideia é ter todo o material digitalizado para esse dia", explicou a diretora de Direitos Humanos do Ministério da Defesa, Stella Segado, de acordo com o jornal Página 12 neste domingo.
A partir da divulgação de seu conteúdo, "a sociedade poderá constatar como o poder militar estava subordinado ao poder econômico", indicou.
"Cerca de 90 ou 85% dos documentos estão ligados a questões econômicas, como projetos sobre privatizações, isenções, medidas para permitir investimentos estrangeiros e discussões na Comissão de Assessoramento Legislativo (CAL) sobre leis trabalhistas", disse.
Os arquivos poderão ser consultados através de duas bases digitais que funcionarão na Biblioteca Aeronáutica da capital argentina.
O material original está à disposição da justiça, onde são realizados dezenas de julgamentos pelos crimes da ditadura.
O material inclui seis pastas com 280 atas secretas e originais das juntas militares, do golpe de Estado de 24 de março de 1976 até o fim da ditadura, em dezembro de 1983.
As organizações dos direitos humanos exigem há três décadas que as instituições militares, policiais e religiosas abram seus arquivos sobre o período ditatorial, que deixou 30.000 desaparecidos, segundo elas, com a esperança de encontrar novas pistas.
Buenos Aires - Um arquivo com 1.500 pastas da ditadura argentina (1976-1983) contendo documentos secretos do regime será aberto para consulta pública no final deste mês, anunciou o governo neste domingo.
Os documentos, encontrados em novembro do ano passado em um subsolo da sede da Força Aérea, poderão ser consultados a partir de 20 de março, quatro dias antes dos 38 anos do golpe militar que deu início a uma sangrenta ditadura.
"A ideia é ter todo o material digitalizado para esse dia", explicou a diretora de Direitos Humanos do Ministério da Defesa, Stella Segado, de acordo com o jornal Página 12 neste domingo.
A partir da divulgação de seu conteúdo, "a sociedade poderá constatar como o poder militar estava subordinado ao poder econômico", indicou.
"Cerca de 90 ou 85% dos documentos estão ligados a questões econômicas, como projetos sobre privatizações, isenções, medidas para permitir investimentos estrangeiros e discussões na Comissão de Assessoramento Legislativo (CAL) sobre leis trabalhistas", disse.
Os arquivos poderão ser consultados através de duas bases digitais que funcionarão na Biblioteca Aeronáutica da capital argentina.
O material original está à disposição da justiça, onde são realizados dezenas de julgamentos pelos crimes da ditadura.
O material inclui seis pastas com 280 atas secretas e originais das juntas militares, do golpe de Estado de 24 de março de 1976 até o fim da ditadura, em dezembro de 1983.
As organizações dos direitos humanos exigem há três décadas que as instituições militares, policiais e religiosas abram seus arquivos sobre o período ditatorial, que deixou 30.000 desaparecidos, segundo elas, com a esperança de encontrar novas pistas.