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Argentina tem greve e protestos por melhores salários

Manifestantes exigem reajustes salariais que acompanhem a inflação no país, com alta de 11,2% em cinco meses

Macri: governo colocou limite de 15% para o reajuste anual nas negociações salariais nos setores público e privado (Harold Cunningham/Getty Images)

Macri: governo colocou limite de 15% para o reajuste anual nas negociações salariais nos setores público e privado (Harold Cunningham/Getty Images)

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AFP

Publicado em 14 de junho de 2018 às 19h10.

Caminhoneiros, professores e funcionários públicos ocuparam nesta quinta-feira a Praça de Maio - todos em greve - para exigir reajustes salariais que acompanhem uma inflação que já atinge 11,2% em cinco meses na Argentina.

O movimento não foi acompanhado pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), que convocou uma greve geral para o dia 25 de junho contra a política de austeridade do governo de Mauricio Macri acertada com o Fundo Monetário Internacional.

O estratégico sindicato dos caminhoneiros, liderado por Pablo Moyano, exige um reajuste salarial de 27% para este ano, e rejeita a proposta patronal de 15%.

A paralisação de 24 horas, que afetou o transporte de mercadorias, combustíveis, coleta de lixo, correio e logística - foi decidida após os empresários afirmarem "a impossibilidade de conceder um reajuste salarial de 27%", segundo o sindicato.

Funcionários públicos e professores, ligados à Central de Trabalhadores Argentinos (CTA), também pararam por 24 horas e protestaram na Praça de Maio.

O protesto "é para que o mundo e o FMI vejam que o governo não tem o apoio ou o compromisso da sociedade em seu plano de austeridade", declarou o professor Hugo Yasky, líder de um dos setores daCTA.

As cinco linhas do metrô também pararam "contra as demissões e a reforma trabalhista".

O governo Macri colocou um limite de 15% para o reajuste anual nas negociações salariais entre sindicatos e empresas, em linha com sua meta de inflação, mas diversos especialistas projetam uma inflação de cerca de 30% para 2018.

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