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Argentina adia debate sobre reforma trabalhista

A reforma foi enviada ao Congresso no ano passado após a coalizão pró-mercado "Cambiemos", do presidente Macri, vencer as eleições legislativas

Macri: Somente 44% dos entrevistados da pesquisa disseram aprovar o governo Macri (Marcos Brindicci/Reuters)

Macri: Somente 44% dos entrevistados da pesquisa disseram aprovar o governo Macri (Marcos Brindicci/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 16h08.

Buenos Aires - A Argentina não irá convocar sessões extraordinárias do Congresso em fevereiro, disse o chefe de gabinete Marcos Peña em entrevista coletiva nesta terça-feira, na prática adiando o debate sobre uma planejada reformar trabalhista até pelo menos março.

A reforma, que busca diminuir custos para empregadores e formalizar a situação de trabalhadores não registrados, foi enviada ao Congresso no ano passado após a coalizão pró-mercado "Cambiemos", do presidente Mauricio Macri, vencer as eleições legislativas.

Peña disse nesta terça-feira que a reforma havia sido esboçada em consultas com a maior organização sindical da Argentina, a CGT. Mas em entrevistas a rádios nos últimos dias, o líder da CGT expressou oposição à reforma, e Miguel Pichetto, líder do bloco opositor Peronista no Senado, disse não ver "nenhuma urgência" para debater a proposta de lei.

"Nós ouvimos diversos blocos parlamentares, que pensam que podem discutir isto em sessões ordinárias de uma maneira mais ampla, para construir maior consenso. Nós não temos problema com isto", disse Peña a repórteres.

Peña havia dito no mês passado que o Congresso iria tratar da reforma em fevereiro.

O atraso acontece após a aprovação de uma reforma da Previdência no mês passado gerar protestos violentos e uma queda na taxa de aprovação de Macri. De uma lista de 16 áreas, entrevistados em uma pesquisa de opinião da Ipsos em janeiro disseram estar menos satisfeitos com a política do governo em relação aos aposentados.

Somente 44 por cento dos entrevistados da pesquisa disseram aprovar o governo Macri, enquanto 45 por cento disseram desaprovar. O índice de aprovação caiu em relação aos 54 por cento do quarto trimestre de 2017 e marcou o mais baixo nível de seu mandato, que começou em dezembro de 2015.

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