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Áreas protegidas não evitam perda da biodiversidade, diz estudo

Cientistas alertam que destruição continua em um ritmo alto e situação pode ficar catastrófica em 2050

"Infelizmente a perda de biodiversidade está no mesmo nível que sempre esteve" aponta o estudo (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2011 às 16h25.

Toronto - A garantia de áreas protegidas não está evitando a perda de biodiversidade que para o ano 2050 pode ser catastrófica, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira que exige soluções mais efetivas para os problemas de crescimento da população e do nível de consumo.

Segundo o estudo, publicado na revista científica "Marine Ecology Progress Series", embora hoje em dia existam 100 mil áreas protegidas no mundo todo, que somam 17 milhões de quilômetros quadrados em terra e 2 milhões de quilômetros quadrados nos oceanos, a perda de biodiversidade aumentou.

"Estamos investindo uma grande quantidade de recursos financeiros e humanos na criação de áreas protegidas e infelizmente a evidência existente sugere que essa não é a solução mais efetiva", afirmou em declarações à Agência Efe Camilo Mora, um pesquisador colombiano que trabalha atualmente para a Universidade do Havaí em Manoa.

"Infelizmente a perda de biodiversidade está no mesmo nível que sempre esteve e devido a essa aceleração da perda de biodiversidade, há uma certa urgência para começar a implementar a solução mais efetiva ao problema da biodiversidade", acrescentou Mora.

Um dos problemas é que dessas 100 mil áreas protegidas, só se produz um cumprimento estrito das normas em 5,8% das quais está em terra e 0,08% das quais estão nos oceanos.

A despesa mundial nas áreas protegidas é de US$ 6 bilhões ao ano, quando deveria ser de US$ 24 bilhões, por isso que muitas áreas não são financiadas de forma adequada, disse o estudo.

O estudo coautor Peter Sale, diretor do Instituto de Água, Meio Ambiente e Saúde (Canadá) da Universidade das Nações Unidas, também identificou outras quatro limitações no uso de áreas protegidas como forma para preservar a biodiversidade do planeta.

Segundo Mora e Sale, o crescimento previsto das áreas protegidas é muito lento. Ao atual ritmo, para alcançar o objetivo de cobrir 30% dos ecossistemas do mundo com áreas protegidas se necessitariam 185 anos em terra e 80 anos nos oceanos.

Ao mesmo tempo, as ameaças contra a biodiversidade, como a mudança climática e a poluição, estão avançado rapidamente, enquanto o tamanho e a conexão das áreas protegidas são inadequados. Cerca de 30% das áreas protegidas nos oceanos e 60% das de terra têm uma superfície inferior a 1 quilômetro quadrado.

Além disso, as áreas protegidas só são uma medida efetiva contra duas ameaças de origem humana, a exploração em massa e a perda de habitat, mas não contra outras como mudança climática, poluição e espécies invasoras.

Finalmente, as áreas protegidas entram em conflito com o desenvolvimento humano.

Por estas razões, Mora disse que "é o momento de empregar todos esses recursos que vão para as áreas protegidas e utilizá-los em estratégias que sejam mais efetivas ao problema tão grave que temos com a perda de biodiversidade".

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Toronto - A garantia de áreas protegidas não está evitando a perda de biodiversidade que para o ano 2050 pode ser catastrófica, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira que exige soluções mais efetivas para os problemas de crescimento da população e do nível de consumo.

Segundo o estudo, publicado na revista científica "Marine Ecology Progress Series", embora hoje em dia existam 100 mil áreas protegidas no mundo todo, que somam 17 milhões de quilômetros quadrados em terra e 2 milhões de quilômetros quadrados nos oceanos, a perda de biodiversidade aumentou.

"Estamos investindo uma grande quantidade de recursos financeiros e humanos na criação de áreas protegidas e infelizmente a evidência existente sugere que essa não é a solução mais efetiva", afirmou em declarações à Agência Efe Camilo Mora, um pesquisador colombiano que trabalha atualmente para a Universidade do Havaí em Manoa.

"Infelizmente a perda de biodiversidade está no mesmo nível que sempre esteve e devido a essa aceleração da perda de biodiversidade, há uma certa urgência para começar a implementar a solução mais efetiva ao problema da biodiversidade", acrescentou Mora.

Um dos problemas é que dessas 100 mil áreas protegidas, só se produz um cumprimento estrito das normas em 5,8% das quais está em terra e 0,08% das quais estão nos oceanos.

A despesa mundial nas áreas protegidas é de US$ 6 bilhões ao ano, quando deveria ser de US$ 24 bilhões, por isso que muitas áreas não são financiadas de forma adequada, disse o estudo.

O estudo coautor Peter Sale, diretor do Instituto de Água, Meio Ambiente e Saúde (Canadá) da Universidade das Nações Unidas, também identificou outras quatro limitações no uso de áreas protegidas como forma para preservar a biodiversidade do planeta.

Segundo Mora e Sale, o crescimento previsto das áreas protegidas é muito lento. Ao atual ritmo, para alcançar o objetivo de cobrir 30% dos ecossistemas do mundo com áreas protegidas se necessitariam 185 anos em terra e 80 anos nos oceanos.

Ao mesmo tempo, as ameaças contra a biodiversidade, como a mudança climática e a poluição, estão avançado rapidamente, enquanto o tamanho e a conexão das áreas protegidas são inadequados. Cerca de 30% das áreas protegidas nos oceanos e 60% das de terra têm uma superfície inferior a 1 quilômetro quadrado.

Além disso, as áreas protegidas só são uma medida efetiva contra duas ameaças de origem humana, a exploração em massa e a perda de habitat, mas não contra outras como mudança climática, poluição e espécies invasoras.

Finalmente, as áreas protegidas entram em conflito com o desenvolvimento humano.

Por estas razões, Mora disse que "é o momento de empregar todos esses recursos que vão para as áreas protegidas e utilizá-los em estratégias que sejam mais efetivas ao problema tão grave que temos com a perda de biodiversidade".

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