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Arábia Saudita rejeita ingerência estrangeira no Iraque

País culpou as políticas "sectárias e excludentes" do governo iraquiano pela ofensiva-relâmpago dos insurgentes muçulmanos sunitas

Confrontos no Iraque: a Arábia Saudita considera o Irã, nação xiita, um rival potencialmente perigoso (REUTERS/Stringer)
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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 12h53.

Dubai - A Arábia Saudita rejeitou nesta segunda-feira a ideia de interferência estrangeira no Iraque e culpou as políticas "sectárias e excludentes" do governo iraquiano pela ofensiva-relâmpago dos insurgentes muçulmanos sunitas.

Rebeldes do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) ocuparam várias cidades iraquianas, o que pode levar à divisão do país em linhas sectárias, num cenário preocupante para a região e outros países.

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A crise "não teria ocorrido se não fossem as políticas sectárias e excludentes praticadas nos últimos anos no Iraque e as quais ameaçam sua segurança, estabilidade e soberania", disse o ministro da Informação da Arábia Saudita, Abdulaziz Khoja, de acordo com a agência oficial de notícias saudita SPA.

A Arábia Saudita, país de maioria sunita, considera o Irã, nação xiita, um rival potencialmente perigoso. Como a maior parte dos países do Golfo Pérsico, a Arábia Saudita teme o apoio dado pelo Irã ao governo iraquiano liderado pelos xiitas, o qual assumiu o poder depois da destituição de Saddam Hussein durante a invasão norte-americana, em 2003.

No comunicado, o governo saudita não fez menção a possíveis conversações entre o Irã e os EUA sobre o Iraque, algo que uma alta autoridade norte-americana disse que poderia acontecer esta semana às margens das conversações sobre a questão nuclear em Viena.

No entanto, o governo saudita assinalou ser necessário "preservar a soberania do Iraque" e rejeitou qualquer interferéncia estrangeira nos assuntos internos iraquianos. O país também pediu a "rápida formação de um governo nacional de consenso".

Mais cedo, o chanceler do Catar, Khaled al-Attiyah, culpou o sectarismo xiita "estreito" do primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, pela crise. Os comentários da Arábia Saudita e do Catar devem piorar as relações com Bagdá, que acusa os dois países de apoiarem os insurgentes, o que eles negam.

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