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Arábia Saudita diz perder confiança no plano de Annan

''A violência continua e não houve nenhum avanço. Se considera um avanço que o número de mortos tenha caído?'', ironizou Saud al-Faisal

O chefe da diplomacia saudita expressou seu desejo de que haja ''um impulso forte a esses esforços para que haja resultados positivos'' (Fayez Nureldine/AFP)

O chefe da diplomacia saudita expressou seu desejo de que haja ''um impulso forte a esses esforços para que haja resultados positivos'' (Fayez Nureldine/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2012 às 21h56.

Riad - O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Saud al-Faisal, reconheceu nesta segunda-feira que a confiança dos países do Golfo Pérsico nos esforços do enviado internacional para a Síria, Kofi Annan, ''começou a diminuir'' devido à falta de resultados concretos.

''A violência continua e não houve nenhum avanço. Se considera um avanço que o número de mortos tenha caído?'', ironizou Faisal em entrevista coletiva em Riad, referindo-se ao plano de Annan, que decretou um cessar-fogo desrespeitado diariamente pelas partes na Síria.

O chefe da diplomacia saudita expressou seu desejo de que haja ''um impulso forte a esses esforços para que haja resultados positivos'', num dia em que os rebeldes aplicaram um de seus maiores golpes contra o Exército sírio, com a morte de pelo menos 23 soldados em Rastan, na província de Homs.

Ao término de uma reunião dos chefes de Estado do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) em Riad, Faisal considerou que a continuação da violência ''não satisfaz ninguém e não contribui para solucionar a crise''.

A Arábia Saudita se mostrou, junto ao Catar, como um dos países favoráveis a armar a oposição síria para lutar contra as forças do regime sírio de Bashar al-Assad, que achataram a sangue e fogo os protestos que começaram em março de 2011.

Os países do CCG abordaram em sua cúpula desta segunda-feira a situação na Síria, explicou Faisal, mas não revelou se adotarão medidas coordenadas caso a violência não cesse e as tropas não se retirem das cidades, como estipula o plano de Annan.

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