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Da Redação
Publicado em 7 de março de 2014 às 14h07.
Riad - A Arábia Saudita declarou hoje a Irmandade Muçulmana um "grupo terrorista" e o incluiu em sua lista de organizações violentas, informou a agência oficial de notícias "SPA".
O Ministério do Interior saudita divulgou a decisão e informou que a medida entrará em vigor a partir de domingo. Segundo a Arábia Saudita, a Irmandade Muçulmana pode ser equiparada a grupos terroristas como a Al Qaeda.
Na lista aparecem os diversos braços da Al Qaeda, como a Frente al Nusra (vinculado ao grupo na Síria), o Estado Islâmico do Iraque e o Levante, o grupo xiita Hezbollah dentro da Arábia Saudita, os houthis (movimento xiita do Iêmen) e a Irmandade Muçulmana.
Além disso, estão incluídas organizações que compartilham a ideologia dos grupos citados e incluídas nas respectivas listas elaboradas pelo Conselho de Segurança da ONU e outros organismos internacionais.
As autoridades deram um prazo de quinze dias a partir de hoje para que os sauditas que estão combatendo ao lado de grupos extremistas no exterior "se retifiquem e voltem em breve para sua pátria".
A Arábia Saudita punirá a todos os sauditas ou residentes estrangeiros que "propaguem o ateísmo em todas suas formas ou ponham em dúvida as bases do islã", "abandonem a lealdade às autoridades" ou pertençam, apoiem e financiem grupos terroristas.
Na quarta-feira, Arábia Saudita, Bahrein e os Emirados Árabes retiraram a seus embaixadores do Catar, país acusado de ter se intrometido em seus assuntos internos.
Essa medida, sem precedentes entre os países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) -que também é integrado por Omã e Kuwait-, foi motivada também pelo "descumprimento" do Catar de um acordo de segurança assinado pela aliança em novembro do ano passado, que estipula a colaboração na luta contra o terrorismo, o crime organizado ou a extradição de presos, entre outros assuntos.