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Apple: 13 bi de multa; Paz com curdos…

Apple multada em 13 bi A Comissão Europeia ordenou nesta terça-feira que a Apple devolva 13 bilhões de euros — mais os juros — em impostos à Irlanda, um valor mais de dez vezes superior à maior multa desse tipo já aplicada no continente. O júri considerou ilegal um acordo feito com o governo irlandês […]

APPLE: a gigante norte-americana de tecnologia planeja apresentar recurso contra a decisão da Comissão Europeia ainda nesta semana / Clodagh Kilcoyne/ Reuters (Clodagh Kilcoyne/Reuters)

APPLE: a gigante norte-americana de tecnologia planeja apresentar recurso contra a decisão da Comissão Europeia ainda nesta semana / Clodagh Kilcoyne/ Reuters (Clodagh Kilcoyne/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2016 às 18h56.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h53.

Apple multada em 13 bi

A Comissão Europeia ordenou nesta terça-feira que a Apple devolva 13 bilhões de euros — mais os juros — em impostos à Irlanda, um valor mais de dez vezes superior à maior multa desse tipo já aplicada no continente. O júri considerou ilegal um acordo feito com o governo irlandês entre 2003 e 2014 que permitiu à Apple sonegar bilhões de dólares. A empresa de tecnologia, que possui uma fábrica na Irlanda há 30 anos, pagava uma taxa diferenciada de até 1%, enquanto os impostos corporativos no país giravam em torno de 12,5%. Assim, a Apple computava na Irlanda os ganhos sobre produtos em toda a União Europeia, utilizando-se do esquema para evitar impostos no continente — onde as taxas podem passar de 30%.

Até Irlanda reclama 

Em resposta à punição bilionária, o Departamento do Tesouro americano disse que a medida pode atrapalhar a parceria entre os Estados Unidos e a União Europeia, prejudicando “o investimento externo” e “o clima para negócios na Europa”. Na mesma linha, o presidente da Apple, Tim Cook, divulgou nota dizendo que a retaliação da UE pode prejudicar a criação de empregos e os investimentos da empresa na Europa, que as transações na Irlanda não foram ilegais e que a Apple recorrerá da decisão. O governo da Irlanda (que vai receber 13 bi de euros) também nega acordo especial com a Apple — os irlandeses temem perder seu posto de base empresarial barata desejada por multinacionais. Para Margrethe Vestager, do comitê europeu para concorrência, governos “não podem conceder benefícios alfandegários a companhias selecionadas”.

Benghazi nos e-mails 

O Departamento de Estado americano informou que Hillary Clinton enviou, usando seu servidor pessoal, 30 e-mails relacionados ao ataque à embaixada do país em Benghazi, na Líbia, em 2012. As mensagens sobre Benghazi, contudo, não estavam entre as 55.000 páginas de e-mails declaradas por Hillary à Justiça. A democrata enviou milhares de mensagens usando seu servidor pessoal quando era secretária de Estado do governo Obama, mas havia afirmado que elas não continham informações que ameaçassem a segurança nacional dos Estados Unidos. O FBI, agência de inteligência americana que lidera a investigação, deve divulgar em breve seu relatório sobre o caso.

Renúncia na França

O governo francês anunciou a renúncia do ministro da Economia, Emmanuel Macron, que será substituído pelo ministro das Finanças, Michel Sapin. Embora ocupasse um dos cargos mais importantes do governo, Macron vinha criticando publicamente o presidente socialista François Hollande nos últimos dois anos. Sua renúncia reforça a possibilidade de Macron lançar uma candidatura independente à Presidência nas eleições de 2017, diante da insatisfação dos franceses com os candidatos tradicionais — outro que já anunciou sua candidatura ao Palácio do Eliseu é o ex-presidente Nicolas Sarkozy, do partido conservador Les Républicains.

Os refugiados de Merkel

Para a chanceler alemã, Angela Merkel, os europeus “ignoraram” a crise dos refugiados por muito tempo, e não “encararam o problema de forma apropriada”. Em entrevista a um jornal alemão, Merkel afirmou que é preciso aumentar a ajuda a países africanos, à Turquia e a outras regiões consideradas problemáticas. Criticada pelo fato de a Alemanha ter uma das políticas mais assertivas no recebimento de imigrantes vindos de zonas de conflito — mais de 1 milhão foram legalizados no país no último ano —, a líder alemã ainda afirmou ser “incorreto dizer que o terrorismo veio apenas com os refugiados”.

EI: morte de porta-voz 

O grupo terrorista Estado Islâmico confirmou nesta terça-feira a morte de um porta-voz do grupo na cidade de Alepo, capital da Síria. Segundo a agência Amaq, ligada ao grupo, Abu Muhammad al-Adnani morreu “enquanto inspecionava as operações para repelir campanhas militares contra Alepo”. Adnani era sírio, tinha 39 anos e era um líder operacional do EI, sendo um dos principais responsáveis pela propaganda e pelo recrutamento de jovens. Especialistas afirmam que sua morte é um grande golpe para o grupo terrorista.

Mondelez desiste da Hershey

Dona de marcas como o biscoito Oreo, a companhia alimentícia Mondelez desistiu de adquirir a fabricante de chocolates Hershey — que havia rejeitado, em junho, uma proposta de compra de 23 bilhões de dólares. Em comunicado, a Mondelez afirmou que desistiu do negócio após “discussões adicionais” e “desdobramentos recentes”, indicando que as empresas voltaram a conversar depois de junho. Fontes próximas à negociação afirmam que a Mondelez teria subido a oferta de 107 para 115 dólares por ação, mas a Hershey queria pelo menos 125. Após o anúncio, as ações da Hershey caíram 12%, e as da Mondelez subiram 3%.

Turquia: paz com curdos

A Turquia e as forças curdas chegaram a um acordo para interromper conflitos no norte da Síria, segundo informou um porta-voz do governo dos Estados Unidos. Apoiadores de ambas as partes, os americanos tentavam, há dias, negociar um acordo de paz entre os turcos e as Forças Democráticas Sírias (SDF), compostas principalmente pela milícia curda YPG — rival do governo turco por demandar territórios no país. Na semana passada, o governo turco iniciou uma ofensiva militar na Síria para combater o Estado Islâmico, mas também visando conter um possível crescimento dos grupos curdos na fronteira.

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