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Apostar que Catar perca a organização da Copa parece bom

Apostas para que o país perca o direito de ser sede em 2022 foram suspendidas devido a novas acusações de corrupção

Jovem segura uma réplica da taça da Copa do Mundo em Doha, no Catar (Marwan Naamani/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2014 às 17h31.

Madri - As apostas para que o Catar perca o direito de ser sede da Copa do Mundo de 2022 foram suspendidas por uma agenciadora de apostas britânica devido a novas acusações sobre o processo de apresentação de ofertas.

O Gala Coral Group parou de aceitar ofertas porque seus calculadores de probabilidades acreditam que haja uma grande chance de que o emirado desértico perca a sede do torneio, disse o porta-voz John Hill.

A incerteza fez com que ações e títulos despencassem ontem nos mercados catarenses.

Mohammed Bin Hammam, ex-executivo do futebol do Catar, pagou mais de US$ 5 milhões para influenciar funcionários antes da votação do torneio em 2010, informou o jornal britânico Sunday Times no dia 1º de junho.

Bin Hammam não quis comentar o caso, e organizadores catarenses disseram que ele não desempenhou nenhum papel na sua oferta e que eles tiveram os mais altos padrões éticos.

Apostadores britânicos apostaram uma soma de “cinco cifras” em que o Catar perca o torneio, com probabilidades tão altas quanto 5 contra 1 ontem, disse Hill por telefone nesse dia.

Assim, uma aposta bem-sucedida de US$ 1 renderia um lucro de US$ 5, além do valor apostado.

O ex-promotor federal dos EUA Michael Garcia está conduzindo um inquérito do processo de ofertas para as Copas de 2018 e 2022 para a FIFA e a apresentação das conclusões da sua equipe está programada para o mês que vem.

As alegações do Sunday Times, com base no que o jornal chamou de milhões de e-mails vazados, colocam a FIFA “em uma situação muito difícil”, segundo Mark Pieth, especialista suíço em anticorrupção que chefiou um painel de conselheiros de governança montado pela FIFA em 2011.

O órgão regulador poderia enfrentar “os processos mais formidáveis possíveis” do Catar caso aparte o emirado da organização do torneio de 2022, disse ele por telefone.

Mudança nos favoritos

Os EUA, que concorreram para sediar a Copa de 2022, são os favoritos para conquistar a sede do evento se o Catar perdê-la, disse o Gala Coral no seu site.

A Coreia do Sul tem uma chance de 9 contra 4, seguida pela Japão, com 4 contra 1, e a Austrália, com 8 contra 1.

O conselho da FIFA outorgou as obrigações de sede das Copas de 2018 e 2022 na mesma votação.

A Rússia ganhou a sede da Copa de 2018 e o Catar, que segundo os revisores da FIFA seria quente demais para organizar o evento no período normal entre junho e julho, obteve a sede da Copa de 2022.

As ações do Catar sofreram o maior recuo no mundo ontem e os títulos também caíram, pois aumentou a preocupação de que o país possa perder os direitos de sede, o que ameaça os investimentos ligados ao torneio.

Queda dos mercados

O índice QE de referência despencou 0,6 por cento, levando o declínio de três dias a 4,1 por cento e encerrando a 13.142,69.

O rendimento do título do Catar com 5,25 por cento e vencimento em janeiro de 2020 subiu um ponto-base, para 2,43 por cento, às 14h52 em Doha.

“Poderia haver outra votação e tudo isso é muito negativo”, disse Hisham Khairy, diretor de operações institucionais da Mena Corp. Financial Services LLC em Dubai, em entrevista por telefone.

“Todos estão preocupados com isso e estão reduzindo suas posições”.

As ações do principal índice do Catar ganharam 41 por cento nos últimos 12 meses pela especulação de que a promoção do país para o status de mercado emergente na MSCI crie fluxos de entrada de investidores que acompanham as medições da fornecedora de índices.

A promoção, que entrou em vigência nesta semana, poderia atrair US$ 649 milhões à bolsa do país, disse a HSBC Holdings Plc em um relatório publicado no dia 12 de maio.

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O Gala Coral Group parou de aceitar ofertas porque seus calculadores de probabilidades acreditam que haja uma grande chance de que o emirado desértico perca a sede do torneio, disse o porta-voz John Hill.

A incerteza fez com que ações e títulos despencassem ontem nos mercados catarenses.

Mohammed Bin Hammam, ex-executivo do futebol do Catar, pagou mais de US$ 5 milhões para influenciar funcionários antes da votação do torneio em 2010, informou o jornal britânico Sunday Times no dia 1º de junho.

Bin Hammam não quis comentar o caso, e organizadores catarenses disseram que ele não desempenhou nenhum papel na sua oferta e que eles tiveram os mais altos padrões éticos.

Apostadores britânicos apostaram uma soma de “cinco cifras” em que o Catar perca o torneio, com probabilidades tão altas quanto 5 contra 1 ontem, disse Hill por telefone nesse dia.

Assim, uma aposta bem-sucedida de US$ 1 renderia um lucro de US$ 5, além do valor apostado.

O ex-promotor federal dos EUA Michael Garcia está conduzindo um inquérito do processo de ofertas para as Copas de 2018 e 2022 para a FIFA e a apresentação das conclusões da sua equipe está programada para o mês que vem.

As alegações do Sunday Times, com base no que o jornal chamou de milhões de e-mails vazados, colocam a FIFA “em uma situação muito difícil”, segundo Mark Pieth, especialista suíço em anticorrupção que chefiou um painel de conselheiros de governança montado pela FIFA em 2011.

O órgão regulador poderia enfrentar “os processos mais formidáveis possíveis” do Catar caso aparte o emirado da organização do torneio de 2022, disse ele por telefone.

Mudança nos favoritos

Os EUA, que concorreram para sediar a Copa de 2022, são os favoritos para conquistar a sede do evento se o Catar perdê-la, disse o Gala Coral no seu site.

A Coreia do Sul tem uma chance de 9 contra 4, seguida pela Japão, com 4 contra 1, e a Austrália, com 8 contra 1.

O conselho da FIFA outorgou as obrigações de sede das Copas de 2018 e 2022 na mesma votação.

A Rússia ganhou a sede da Copa de 2018 e o Catar, que segundo os revisores da FIFA seria quente demais para organizar o evento no período normal entre junho e julho, obteve a sede da Copa de 2022.

As ações do Catar sofreram o maior recuo no mundo ontem e os títulos também caíram, pois aumentou a preocupação de que o país possa perder os direitos de sede, o que ameaça os investimentos ligados ao torneio.

Queda dos mercados

O índice QE de referência despencou 0,6 por cento, levando o declínio de três dias a 4,1 por cento e encerrando a 13.142,69.

O rendimento do título do Catar com 5,25 por cento e vencimento em janeiro de 2020 subiu um ponto-base, para 2,43 por cento, às 14h52 em Doha.

“Poderia haver outra votação e tudo isso é muito negativo”, disse Hisham Khairy, diretor de operações institucionais da Mena Corp. Financial Services LLC em Dubai, em entrevista por telefone.

“Todos estão preocupados com isso e estão reduzindo suas posições”.

As ações do principal índice do Catar ganharam 41 por cento nos últimos 12 meses pela especulação de que a promoção do país para o status de mercado emergente na MSCI crie fluxos de entrada de investidores que acompanham as medições da fornecedora de índices.

A promoção, que entrou em vigência nesta semana, poderia atrair US$ 649 milhões à bolsa do país, disse a HSBC Holdings Plc em um relatório publicado no dia 12 de maio.

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