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Após terremoto, Turquia sofre com descoordenação na ajuda

Vítimas do fenômeno saquearam caminhões com materiais de ajuda e venderam as barracas enviadas para os desabrigados

Equipes de resgate retiram o bebê Azra Karaduman, de 15 dias, dos escombros (Adem Altan/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2011 às 08h32.

Ancara - A descoordenação na assistência e a falta de recursos fizeram com que vítimas do terremoto na Turquia saqueassem caminhões com materiais de ajuda e estejam vendendo as barracas enviadas para os desabrigados.

'O problema principal é a falta de coordenação', disse à Agência Efe um jornalista local que está acompanhando a situação nas cidades de Van e Ercis, gravemente afetadas pelo terremoto de 7,2 graus de magnitude, que de acordo com o último balanço provisório causou a morte de 461 pessoas.

A imprensa informa que apesar das numerosas equipes de resgate, os trabalhos de busca de sobreviventes estão muito lentos. 'Há gente chorando por uma barraca enquanto escutam pela rádio um ministro dizer que a ajuda chegou a todas as partes e que não há nenhum problema', afirmou o repórter.

Os jornais 'Hürriyet Daily News' e 'Milliyet' informaram que vários caminhões que transportavam material de emergência foram saqueados quando se dirigiam aos centros de distribuição.

De acordo com 'Hürriyet', há desabrigados que não receberam água e comida, e a distribuição da ajuda não está sendo bem organizada. Esta publicação cita uma fonte militar anônima que responsabiliza a administração local pelo problema.

O descontrole na distribuição de ajuda chegou ao ponto de algumas famílias receberem três ou quatro barracas e revenderem àquelas que não têm nenhuma e tiveram que suportar as baixas temperaturas da noite ao redor de fogueiras.

Can Dundar, colunista do jornal 'Milliyet', afirma que há gente protestando porque o Governo turco não aceitou até hoje o envio de ajuda estrangeira.

A Prefeitura de Van, nas mãos do Partido da Paz e da Democracia, pró-curdo, denunciou que o Governo provincial não está permitindo que ele participe dos trabalhos de resgate e atendimento às vítimas.

Em resposta às críticas, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, reconheceu alguns erros logísticos sem dar grande relevância.

'Houve erros na distribuição das barracas nas primeiras 24 horas, reconhecemos. Em circunstâncias similares, estas coisas podem acontecer no mundo todo', declarou Erdogan.

Também na prisão de Van foram registrados incidentes como um motim dos presos, que reivindicavam a transferência a uma prisão mais segura.

O centro penitenciário foi danificado pelo terremoto e cerca de 200 internos conseguiram escapar através de um muro que desabou, embora 50 deles retornaram após visitar suas famílias.

Após o motim, as autoridades decidiram transferir os presos a outras prisões.

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Ancara - A descoordenação na assistência e a falta de recursos fizeram com que vítimas do terremoto na Turquia saqueassem caminhões com materiais de ajuda e estejam vendendo as barracas enviadas para os desabrigados.

'O problema principal é a falta de coordenação', disse à Agência Efe um jornalista local que está acompanhando a situação nas cidades de Van e Ercis, gravemente afetadas pelo terremoto de 7,2 graus de magnitude, que de acordo com o último balanço provisório causou a morte de 461 pessoas.

A imprensa informa que apesar das numerosas equipes de resgate, os trabalhos de busca de sobreviventes estão muito lentos. 'Há gente chorando por uma barraca enquanto escutam pela rádio um ministro dizer que a ajuda chegou a todas as partes e que não há nenhum problema', afirmou o repórter.

Os jornais 'Hürriyet Daily News' e 'Milliyet' informaram que vários caminhões que transportavam material de emergência foram saqueados quando se dirigiam aos centros de distribuição.

De acordo com 'Hürriyet', há desabrigados que não receberam água e comida, e a distribuição da ajuda não está sendo bem organizada. Esta publicação cita uma fonte militar anônima que responsabiliza a administração local pelo problema.

O descontrole na distribuição de ajuda chegou ao ponto de algumas famílias receberem três ou quatro barracas e revenderem àquelas que não têm nenhuma e tiveram que suportar as baixas temperaturas da noite ao redor de fogueiras.

Can Dundar, colunista do jornal 'Milliyet', afirma que há gente protestando porque o Governo turco não aceitou até hoje o envio de ajuda estrangeira.

A Prefeitura de Van, nas mãos do Partido da Paz e da Democracia, pró-curdo, denunciou que o Governo provincial não está permitindo que ele participe dos trabalhos de resgate e atendimento às vítimas.

Em resposta às críticas, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, reconheceu alguns erros logísticos sem dar grande relevância.

'Houve erros na distribuição das barracas nas primeiras 24 horas, reconhecemos. Em circunstâncias similares, estas coisas podem acontecer no mundo todo', declarou Erdogan.

Também na prisão de Van foram registrados incidentes como um motim dos presos, que reivindicavam a transferência a uma prisão mais segura.

O centro penitenciário foi danificado pelo terremoto e cerca de 200 internos conseguiram escapar através de um muro que desabou, embora 50 deles retornaram após visitar suas famílias.

Após o motim, as autoridades decidiram transferir os presos a outras prisões.

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