Commuters make their way through a flooded street after a rain shower in Beijing on August 4, 2022. (Photo by Noel Celis / AFP) (Photo by NOEL CELIS/AFP via Getty Images) (Photo by NOEL CELIS/AFP via Getty Images/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 31 de julho de 2023 às 10h44.
Última atualização em 31 de julho de 2023 às 10h45.
Pelo menos duas pessoas morreram em Pequim, na China, nesta segunda-feira, 31, diante das fortes chuvas na região há vários dias que provocaram deslizamentos de terra e enchentes. Os corpos das vítimas foram encontrados pelos serviços de emergência em um rio no bairro de Mentougou, na periferia oeste da cidade, segundo o jornal estatal Diário do Povo. Mais de 31 mil pessoas deixaram as casas e estão em abrigos.
As autoridades ativaram o alerta máximo na capital chinesa nesta segunda, diante do risco de inundações. Segundo os serviços de emergência, parte da periferia de Pequim "apresenta um risco elevado de desabamentos e de deslizamentos de terra".
Quem passou perto do rio Mentougou viu galhos de árvores e carros esmagados pelas margens. As avenidas próximas ao local também ficaram inundadas após o rio transbordar.
As chuvas torrenciais na China são consequência do ciclone Doksuri, que deixou pelo menos seis mortos nas Filipinas. Desde sexta-feira passada o ciclone perdeu força, mas a tempestade tropical atinge agora o norte do país asiático.
Segundo o serviço meteorológico da capital, caíram 170,9 milímetros de água na cidade em 40 horas, entre a noite de sábado e o meio-dia de segunda-feira, ou seja, quase a média pluviométrica para todo um mês de julho.
As autoridades da capital chinesa estão cautelosas diante das fortes chuvas desde 2021, quando houve graves inundações no centro do país, e mais de 300 pessoas morreram, principalmente na cidade de Zhengzhou.
Por isso, milhões de pessoas foram aconselhadas a permanecer em casa nesta segunda. Centenas de conexões de ônibus foram canceladas, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua, e o rio Dashihe, nos arredores de Pequim, foi colocado sob o nível de alerta de inundação mais alto.
Moradores da região tem relatado que quando começa a chover, a estrada vira um esgoto, e a água sobe até o primeiro andar das casas. Como as moradias são antigas, o risco de desabamento aumenta.
No bairro de Fangshan, também nos arredores de Pequim, uma parte das estradas desaparece sob as águas. Na capital, as ruas estavam menos movimentadas do que o normal para uma manhã de segunda-feira. Muitas pessoas seguiram as orientações para trabalhar de casa. Apenas alguns entregadores circulavam nas ciclovias, normalmente lotadas. Os centros turísticos de Pequim, como a Cidade Proibida e o parque de diversões da Universal Studios, assim como bibliotecas e museus, permaneceram fechados no domingo.
Nos últimos meses, a China registrou condições meteorológicas extremas e temperaturas bastante incomuns, fenômenos agravados pela mudança climática, segundo cientistas.
No início de julho, Pequim e sua região bateram recordes de temperatura, ultrapassando os 40°C.
(Com AFP)