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Após polêmica, Carla Bruni volta a falar sobre feminismo

A cantora e ex-primeira-dama da França reafirmou jamais ter sentido necessidade de ser uma ativista feminista


	Carla Bruni: através da hashtag "#ChereCarlaBruni" (QueridaCarlaBruni), as ativistas deram uma série de lições de feminismo à cantora
 (Eric Feferberg/AFP)

Carla Bruni: através da hashtag "#ChereCarlaBruni" (QueridaCarlaBruni), as ativistas deram uma série de lições de feminismo à cantora (Eric Feferberg/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 11h51.

Paris - A cantora e ex-primeira-dama da França Carla Bruni-Sarkozy, que foi alvo das feministas no Twitter por suas polêmicas declarações em relação a essa causa, reconheceu que suas palavras foram infelizes e mal interpretadas.

"Essa frase ficou meio estranha e reflete equivocadamente meu pensamento. Deveria ter dito assim: Eu, pessoalmente, jamais senti a necessidade de ser uma ativista feminista", assinalou a cantora em uma entrevista concedida à revista "Elle" em sua edição online.

O motivo da polêmica veio à tona através da revista "Vogue" - concorrente da "Elle" -, na qual a ex-primeira-dama francesa assegurava que não era militante "para nada" e que sua geração já não tinha necessidade de ser feminista, já que outras pioneiras haviam aberto este caminho.

Pouco tempo após a entrevista concedida a "Vogue", publicada no último domingo, inúmeras feministas passaram a usar o Twitter para canalizar tal descontentamento. Através da hashtag "#ChereCarlaBruni" (QueridaCarlaBruni), as ativistas deram uma série de lições de feminismo à cantora, inclusive com exemplos e motivos pelos quais ainda é preciso lutar por essa causa.

"Se ser feminista é reivindicar a liberdade e, por isso, imagino que sou. Mas não sei se isso significa se envolver de maneira ativa no combate que algumas mulheres mantêm ainda hoje", precisou a cantora na última edição da revista "Elle".

A senhora Sarkozy também afirmou ter compreendido a polêmica gerada e assegurou que, embora "admira muita sua coragem", decidiu dedicar sua energia a outras causas, como a luta contra a aids, através da fundação que leva seu nome, e o acesso à cultura e educação para todos.

Na entrevista concedida a "Elle", Carla Bruni, que desde sua saída do Palácio do Eliseu multiplicou sua aparição na imprensa em nível pessoal, também fez questão esclarecer que já defendeu a causa feminista e, se for "útil e justificável", voltará a defendê-lo.

Para completar, a cantora ainda fez questão de ressaltar que sua resposta, na qual afirmava que era "uma burguesa", estava fora de contexto e que, "fora de contexto, qualquer frase isolada tem muito pouco significado e muito pouco interesse". 

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