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Após o Obamacare, republicanos se voltam para reforma tributária

Parlamentares nos Estados Unidos encontraram novas incertezas sobre o que um pacote tributário definitivo pode conter

Trump e os republicanos do Congresso prometeram concluir a maior reforma tributária do país desde 1986 (Mladen Antonov/AFP)
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Reuters

Publicado em 5 de maio de 2017 às 11h08.

Washington - Controlada pelos republicanos, a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos planeja se dedicar à reforma tributária agora que concluiu um longo debate sobre o sistema de saúde nesta semana com uma votação para revogar e substituir o Obamacare.

Mas ainda que os republicanos prevejam que a reforma tributária será aprovada antes do final do ano, os parlamentares encontraram novas incertezas sobre o que um pacote tributário definitivo pode conter, além de dúvidas sobre a capacidade dos republicanos de aprovarem reformas sem ajuda dos democratas.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, e os republicanos do Congresso prometeram concluir a maior reforma tributária do país desde 1986, quando o presidente Ronald Reagan estava no cargo, até o final de 2017, mas enfrentam uma batalha difícil, principalmente devido às diferenças de enfoque em suas próprias fileiras.

A votação de quinta-feira na Câmara que aprovou a revogação do Obamacare pelo placar de 217 votos favoráveis contra 213 aumentou a confiança da Casa para aprovar legislações importantes depois do fracasso de duas iniciativas anteriores de passar a reforma da saúde.

Mas para avançar na reforma tributária, a Câmara, o Senado e o governo Trump precisam combinar como estabelecer as taxas dos impostos, como pagar por cortes e se o pacote final deveria ser somado ao déficit ou se pagar, áreas nas quais pode ser difícil encontrar um meio-termo.

Um plano para aprovar reformas sem ajuda democrata também irá exigir que os republicanos aprovem um orçamento para 2018 autorizando o processo parlamentar conhecido com reconciliação. Mas um acordo sobre um novo orçamento é uma tarefa desafiadora, dada a oposição republicana às exigências de Trump de cortes de gastos domésticos profundos.

"Essa pode se mostrar uma das votações mais difíceis, senão a mais difícil, do processo de reforma tributária", disse Jonathan Traub, um dos principais gerentes da consultoria Deloitte Tax LLP.

Enquanto isso, a necessidade de se obter um acordo entre a Câmara, o Senado e a Casa Branca provavelmente irá atrasar um projeto de lei para a reforma tributária que se esperava para o início de junho.

Mas os republicanos dizem que, no final das contas, isso irá facilitar a adoção de reformas antes do final do ano.

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