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Após dizer que Etiópia é democrática, Obama é criticado

Alguns ativistas africanos viram com preocupação as declarações do presidente americano de que a Etiópia havia eleito seu governo democraticamente

O presidente americano, Barack Obama: Obama pediu aos líderes africanos que garantam os direitos democráticos (Jim Watson/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2015 às 22h44.

Nairóbi - Alguns ativistas africanos viram com preocupação as declarações do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , de que a Etiópia havia eleito democraticamente seu governo.

Obama falou sobre o tema na segunda-feira, durante entrevista coletiva com o primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn, cujo partido governista conseguiu todas as cadeiras nas eleições para o Parlamento em maio.

Nesta terça-feira, Obama pediu aos líderes africanos que garantam os direitos democráticos, em um discurso realizado na sede da União Africana, antes de ele partir para a Etiópia para encerrar uma viagem por duas nações africanas que incluiu uma parada no Quênia.

Um porta-voz do partido etíope Azul, de oposição, Yonathan Tesfaye criticou a fala de Obama na segunda-feira.

Por outro lado, notou que no dia seguinte o líder dos EUA fez um discurso apaixonado e inspirador pelos direitos humanos. "Em qual deles devo acreditar?", questionou.

Um importante nome da oposição na Etiópia, Merara Gudina disse ter dúvidas de que os Estados Unidos iriam pressionar por mudanças democráticas em seu país e mostrou-se preocupado com o risco de que a visita de Obama terminasse como "outro exercício de relações públicas".

Grupos pelos direitos humanos criticaram Obama por visitar a Etiópia, dizendo que a viagem legitimava um governo opressivo. A Etiópia é o segundo país que mais prende jornalistas na África, atrás da Eritreia, segundo o Comitê de Proteção aos Jornalistas. Fonte: Associated Press.

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Nesta terça-feira, Obama pediu aos líderes africanos que garantam os direitos democráticos, em um discurso realizado na sede da União Africana, antes de ele partir para a Etiópia para encerrar uma viagem por duas nações africanas que incluiu uma parada no Quênia.

Um porta-voz do partido etíope Azul, de oposição, Yonathan Tesfaye criticou a fala de Obama na segunda-feira.

Por outro lado, notou que no dia seguinte o líder dos EUA fez um discurso apaixonado e inspirador pelos direitos humanos. "Em qual deles devo acreditar?", questionou.

Um importante nome da oposição na Etiópia, Merara Gudina disse ter dúvidas de que os Estados Unidos iriam pressionar por mudanças democráticas em seu país e mostrou-se preocupado com o risco de que a visita de Obama terminasse como "outro exercício de relações públicas".

Grupos pelos direitos humanos criticaram Obama por visitar a Etiópia, dizendo que a viagem legitimava um governo opressivo. A Etiópia é o segundo país que mais prende jornalistas na África, atrás da Eritreia, segundo o Comitê de Proteção aos Jornalistas. Fonte: Associated Press.

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