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Após ataque por drone em casa, premiê iraquiano faz reunião de segurança

O presidente Barham Salih condenou o ataque como um crime hediondo contra o Iraque. "Não podemos aceitar que o Iraque seja levado para o caos e para um golpe contra seu sistema constitucional", disse ele em um tuíte

O premiê do Iraque. (Stefanie Loos/Reuters)

O premiê do Iraque. (Stefanie Loos/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de novembro de 2021 às 16h49.

O primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al-Kadhimi, escapou ileso de uma tentativa de homicídio por drone armado em Bagdá, disseram autoridades neste domingo, em um incidente que aumenta drasticamente a tensão no país semanas após uma eleição geral que viu as milícias apoiadas pelo Irã se enfraquecerem.

Kadhimi apareceu em vídeo publicado pelo seu gabinete neste domingo, presidindo uma reunião com os principais comandantes de segurança para debater medidas após o ataque de drone.

"O covarde ataque terrorista que teve como alvo a casa do primeiro-ministro na noite passada com o objetivo de assassiná-lo é um sério ataque ao Estado iraquiano por parte de grupos criminosos armados", disse o gabinete do chefe de Estado em um comunicado divulgado após a reunião.

Seis membros da força de proteção pessoal de Kadhimi que estavam do lado de fora de sua residência na Zona Verde ficaram feridos, disseram fontes de segurança à Reuters.

Três drones foram usados no ataque, incluindo dois que foram interceptados e abatidos pelas forças de segurança enquanto um terceiro drone atingiu a residência, disse a agência de notícias estatal INA, citando um porta-voz do Ministério do Interior.

Um porta-voz do comandante-chefe das forças armadas disse que a situação da segurança estava estável dentro da Zona Verde --que abriga a residência, prédios do governo e as embaixadas estrangeiras-- após o ataque.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ato.

O ataque aconteceu dois dias depois de violentos confrontos em Bagdá entre as forças do governo e militantes de grupos políticos apoiados pelo Irã, a maioria dos quais contam com alas armadas, já que esses grupos perderam dezenas de assentos no parlamento após a eleição geral do último dia 10 de outubro.

Kadhimi pediu uma investigação para averiguar as mortes e os feridos entre os manifestantes e as forças de segurança nesses confrontos.

O presidente Barham Salih condenou o ataque como um crime hediondo contra o Iraque. "Não podemos aceitar que o Iraque seja levado para o caos e para um golpe contra seu sistema constitucional", disse ele em um tuíte.

O clérigo muçulmano xiita Moqtada al-Sadr, cujo partido foi o maior vencedor na eleição do mês passado, classificou o ataque como um ato terrorista contra a estabilidade do país que teve como objetivo "devolver o Iraque a um estado de caos a ser controlado por forças não governamentais".

Os Estados Unidos, a Arábia Saudita e o Irã condenaram o ataque.

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