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Após ataque na Síria, Putin não receberá Tillerson em Moscou

Medida pode sinalizar tensões resultantes de um ataque dos Estados Unidos com mísseis a uma base aérea da Síria na semana passada

Vladimir Putin: Rússia classificou o bombardeio norte-americano como um ato de agressão que viola a lei internacional (Alexei Druzhinin/Kremlin/Reuters)

Vladimir Putin: Rússia classificou o bombardeio norte-americano como um ato de agressão que viola a lei internacional (Alexei Druzhinin/Kremlin/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de abril de 2017 às 12h28.

Última atualização em 10 de abril de 2017 às 12h29.

Moscou - O Kremlin comunicou nesta segunda-feira que o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, não irá se encontrar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, quando visitar Moscou na quarta-feira, uma medida que pode sinalizar tensões resultantes de um ataque dos Estados Unidos com mísseis a uma base aérea da Síria na semana passada.

O antecessor de Tillerson, John Kerry, costumava se reunir com Putin e com o ministro das Relações Exteriores russo em visitas a Moscou, e Putin concedeu várias audiências ao próprio Tillerson quando ele comandava a petroleira Exxon Mobil antes de assumir seu cargo atual no governo de Donald Trump.

Putin até deu a Tillerson uma das maiores condecorações russas, a Ordem da Amizade, em 2013, e a expectativa geral era que o ex-executivo iria se encontrar com o líder russo naquela que será sua primeira viagem à Rússia como secretário de Estado.

Mas o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, disse a repórteres nesta segunda-feira que tal reunião não está planejada, insinuando que Tillerson irá obedecer a um protocolo diplomático rígido e só se encontrar com seu homólogo, o chanceler Sergei Lavrov.

"Não anunciamos quaisquer reuniões deste tipo, e neste momento não há nenhuma reunião com Tillerson no diário do presidente", disse Peskov a repórteres em uma teleconferência.

O porta-voz não explicou por que Putin não planeja receber Tillerson.

O presidente Donald Trump ordenou um ataque com mísseis contra uma base militar síria na semana passada em retaliação ao que Washington e seus aliados afirmam ter sido um ataque com gás venenoso no qual dezenas de civis morreram.

Moscou diz não haver provas de que os militares sírios realizaram a ação e classificou o bombardeio norte-americano como um ato de agressão que viola a lei internacional.

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