Mundo

Apesar de princípio de acordo, protestos seguem em Hong Kong

Os protestos em Hong Kong continuam, enquanto manifestantes e governo concretizam os detalhes de como farão o diálogo político pactuado na madrugada


	Manifestante pró-democracia durante protestos em Hong Kong
 (Carlos Barria/Reuters)

Manifestante pró-democracia durante protestos em Hong Kong (Carlos Barria/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 10h31.

Hong Kong - Os protestos nas ruas de Hong Kong continuam nesta sexta-feira (data local), enquanto os manifestantes e o governo concretizam os detalhes de como realizarão o diálogo político que ambas as partes pactuaram nesta madrugada, quando o chefe do Executivo anunciou que não iria renunciar.

Grupos de manifestantes bloquearam novamente os acessos a edifícios governamentais no início da manhã, no sexto dia de protestos.

Os estudantes impediram a entrada de dois veículos que queriam entrar em um prédio público por suspeitas de que transportavam material antidistúrbios. Segundo as autoridades, os veículos levavam alimentos para os policiais.

O governo local emitiu um comunicado para anunciar que os gabinetes governamentais situados centro da cidade, onde trabalham cerca de três mil funcionários públicos, permaneceriam fechados durante o dia todo.

A Bolsa de Hong Kong, que permaneceu fechada durante dois dias, nos feriados de quarta-feira e quinta-feira, reabriu com perdas.

As escolas do centro e da zona oeste da ilha chinesa, assim como várias linhas de transporte público, também estavam suspensas.

A Federação de Estudantes, uma das organizações líderes dos protestos em Hong Kong, reiterou na madrugada desta sexta-feira que as manifestações continuaram enquanto se espera o anúncio dos detalhes sobre a proposta de diálogo feita pelo chefe de governo local, Cy Leung.

O dirigente afirmou que não iria renunciar e nomeou seu "número dois" no governo, Carrie Lam, para abrir um canal de diálogo com os estudantes sobre a reforma eleitoral apresentada pelo governo chinês para Hong Kong.

Essa reforma concede pela primeira vez a possibilidade dos cidadãos locais exercerem o sufrágio universal para escolher o chefe do governo, embora apenas entre um máximo de três candidatos previamente selecionados por um comitê próximo ao governo de Pequim.

A Federação de Estudantes de Hong Kong exigiu que o diálogo seja público e reiterou seu pedido para que Leung renuncie.

Acompanhe tudo sobre:Hong KongMetrópoles globaisPolítica no BrasilProtestosProtestos no mundo

Mais de Mundo

Preso na França, fundador do Telegram diz que 'não tem nada a esconder'

Ucrânia acusa Bielorrússia de aumentar contingente militar na fronteira entre os dois países

Israel afirma ter frustrado ataque em grande escala do Hezbollah

Hezbollah lança grande ataque contra Israel, que declara emergência e bombardeia o Líbano

Mais na Exame