Acompanhe:

Apesar da satisfação com resgate, UE e FMI fazem alerta a setor bancário

Os órgãos constataram que superar a dificuldade dos bancos portugueses para ter acesso aos mercados é essencial para a recuperação econômica do país

Modo escuro

Continua após a publicidade
Portugal tem como meta reduzir o déficit de 9,1% para 5,9% no final do ano (Marcel Salim/EXAME.com)

Portugal tem como meta reduzir o déficit de 9,1% para 5,9% no final do ano (Marcel Salim/EXAME.com)

D
Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2011 às, 08h36.

Lisboa - A União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estão satisfeitos com os resultados obtidos após os três primeiros meses do empréstimo concedido a Portugal, mas alertaram para a necessidade de que o setor bancário aumente seu capital e reduza os efeitos do endividamento financeiro.

Em entrevista coletiva conjunta, os representantes da equipe formada por membros da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do FMI constataram que superar a dificuldade dos bancos portugueses para ter acesso aos mercados é essencial para a recuperação econômica do país.

Rasmus Ruffer, representante do BCE, ressaltou que é necessário "cortar o vínculo entre o setor bancário e o público" para que o crédito se canalize aos "setores mais produtivos da economia".

Portugal, que tem como meta reduzir o déficit de 9,1% para 5,9% no final do ano, já recebeu cerca de 20 bilhões de euros dos 78 bilhões concedidos para os próximos três anos e se prevê que até o final deste ano receba outros 20 bilhões.

Os representantes das três instituições, conhecidos em Portugal como "troika", comentaram que o sucesso do programa dependerá da abertura da economia portuguesa, que precisa criar novas empresas "dinâmicas" que criem emprego e aumentem a competitividade.

Paul Thomsen, representante do FMI, afirmou que o programa de resgate está "no caminho certo", mas apontou que os desafios "mais difíceis ainda estão por vir".

Além disso, previu que a meta do déficit (5,9% para este ano) será alcançada, afirmando acreditar que, depois de três anos de auxílio, Portugal "conseguirá retornar aos mercados".

Já o chefe da delegação da Comissão Europeia, Jürgen Kroger, classificou a primeira avaliação do programa como "muito positiva" e destacou que o "importante" é reforçar a competitividade externa através da flexibilização do mercado de trabalho e da redução dos custos no sistema de saúde, entre outras medidas.

No entanto, a troika pediu um maior controle na gestão das despesas das regiões autônomas portuguesas, especialmente no caso do arquipélago da Madeira, e certificou o desvio nas contas públicas de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB), já confirmado pelo governo, e que será corrigido com novas medidas de corte.

Últimas Notícias

Ver mais
Dirigente do BCE prevê 1º corte de juros na primavera europeia, mas espera relaxamento gradual
Economia

Dirigente do BCE prevê 1º corte de juros na primavera europeia, mas espera relaxamento gradual

Há 18 horas

Dívida pública federal sobe 2,25% em fevereiro, para R$ 6,595 tri, diz Tesouro
Economia

Dívida pública federal sobe 2,25% em fevereiro, para R$ 6,595 tri, diz Tesouro

Há 20 horas

CNI defende acordo Mercosul-UE após críticas de Macron na Fiesp
Mundo

CNI defende acordo Mercosul-UE após críticas de Macron na Fiesp

Há 22 horas

Menos de 1% dos brasileiros comprariam bitcoin se tivessem dinheiro para investir, diz pesquisa
Future of Money

Menos de 1% dos brasileiros comprariam bitcoin se tivessem dinheiro para investir, diz pesquisa

Há 22 horas

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais