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Ao menos 23 crianças morrem em naufrágio de embarcação no Sudão

As autoridades afirmaram que a corrente de água era forte no momento do acidente e o barco bateu em uma árvore que estava submersa no Rio Nilo

Na embarcação também viajava uma médica que se dirigia para a outra margem do Nilo para visitar seus familiares e que sobreviveu ao naufrágio (Juan Medina/Reuters)
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EFE

Publicado em 15 de agosto de 2018 às 11h46.

Cartum - Pelo menos 23 crianças morreram nesta quarta-feira afogados no norte do Sudão pelo naufrágio da embarcação na qual viajavam pelo Rio Nilo, informaram fontes oficiais.

"Vinte e três estudantes de escola primária morreram e outros nove saíram com vida depois que sua embarcação colidiu com uma árvore no Rio Nilo", afirmou o governador do município de Al Behira, no estado do Rio Nilo, Abdel-Rahman Mohammed Khir, em entrevista coletiva.

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O responsável explicou que "a corrente de água era forte" no momento do acidente e o barco bateu em uma árvore que estava submersa, devido ao aumento do nível do rio.

Na embarcação também viajava uma médica que se dirigia para a outra margem do Nilo para visitar seus familiares e que sobreviveu ao naufrágio.

Os alunos, que viviam no distrito de Kenisa, que faz parte de Al Behira e está situado na margem esquerda do Nilo, estavam a caminho da população de Kabna, na margem direita, onde fica sua escola.

As equipes de resgate estão se deslocando para a região para recuperar os corpos das vítimas, segundo a mesma fonte.

Na semana passada, o órgão de defesa civil do país ordenou a interrupção da navegação no Nilo até o fim de outubro devido ao aumento do nível de suas águas e dos seus afluentes, que causaram inundações em várias regiões do Sudão.

As enchentes causaram pelo menos 23 mortes e deixaram 61 feridos e aproximadamente 45 mil atingidos em cinco Estados desde 23 de julho, segundo um relatório publicado ontem pelo Crescente Vermelho (órgão equivalente à Cruz Vermelha nos países islâmicos) sudanês.

A região mais afetada do país é o estado de Cordofão do Oeste, fronteiriça com o Sudão do Sul, onde há pelo menos 20 mil atingidos, 49 feridos e seis mortos, segundo o Crescente Vermelho.

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