Antes de eleição, Abe ensaia desvio de reformas estruturais
Shinzo Abe tem indicado que reformular a economia do Japão com difíceis reformas estruturais pode ficar em segundo plano a fim de retomar o crescimento
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2014 às 09h36.
Tóquio - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe , tem indicado que reformular a economia do Japão com difíceis reformas estruturais pode ficar em segundo plano a fim de retomar o crescimento, apesar de estar cotado para vencer um grande referendo sobre suas políticas econômicas em uma eleição no domingo.
Nas três semanas desde que ele adiou um aumento nos impostos sobre vendas e convocou a eleição, Abe tem mudado o debate: se antes falava de cortar a dívida do governo, agora fala de maneiras para estimular a economia e colocar mais dinheiro nas mãos dos eleitores. Por exemplo, já está em consideração a introdução de cupons de compras para cidadãos de renda mais baixa, o que cobriria uma porção dos custos de bens e serviços.
Tais cupons se assemelharia aos vouchers e alívios fiscais utilizados durante a crise financeira global que impulsionaram as vendas de carros mais econômicos, eletrodomésticos e habitação, disseram representantes do governo à Reuters.
Estas medidas tiveram um efeito multiplicador sobre os gastos, mas foram seguidas por um grande impacto quando esses incentivos acabaram. Manter o gasto do governo e a gigantesca impressão de iene pelo banco central do Japão, ao mesmo tempo em que realiza duras reformas econômicas, pode deixar o país com uma dívida sempre crescente e pouco melhora no potencial de crescimento da economia no longo prazo.
Alguns investidores estão apostando um adiamento aparentemente sem fim das reformes pode ser calamitoso, com um colapso do iene e com inflação fora do controle. A coalizão de Abe está em curso para manter ou até mesmo expandir sua maioria de dois terços na Câmara dos Deputados, de acordo com pesquisas de opinião.
E, embora muitos investidores esperem que ele vá utilizar seu mandato para avançar com suas reformas - que vão desde restrições no mercado de trabalho a cortes de proteção à agricultura - o governo, em vez disso, está buscando maneiras de fazer as pessoas gastarem.
Isso sugere que Abe possa prosseguir com os primeiros dois pontos de suas manobras políticas, o estímulo ao consumo e a impressão de mais dinheiro, com pouco entusiasmo pelo terceiro ponto, de desregulamentação e reforma. “Ainda não esperamos que Abe force um progresso rápido e de curto prazo sobre reformas estruturais, disseram em relatório os analistas Scott Seaman e Ross Schaap, do Eurasia Group.
Na trilha da campanha, Abe diz que permanece comprometido com todos os três pontos.
Tóquio - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe , tem indicado que reformular a economia do Japão com difíceis reformas estruturais pode ficar em segundo plano a fim de retomar o crescimento, apesar de estar cotado para vencer um grande referendo sobre suas políticas econômicas em uma eleição no domingo.
Nas três semanas desde que ele adiou um aumento nos impostos sobre vendas e convocou a eleição, Abe tem mudado o debate: se antes falava de cortar a dívida do governo, agora fala de maneiras para estimular a economia e colocar mais dinheiro nas mãos dos eleitores. Por exemplo, já está em consideração a introdução de cupons de compras para cidadãos de renda mais baixa, o que cobriria uma porção dos custos de bens e serviços.
Tais cupons se assemelharia aos vouchers e alívios fiscais utilizados durante a crise financeira global que impulsionaram as vendas de carros mais econômicos, eletrodomésticos e habitação, disseram representantes do governo à Reuters.
Estas medidas tiveram um efeito multiplicador sobre os gastos, mas foram seguidas por um grande impacto quando esses incentivos acabaram. Manter o gasto do governo e a gigantesca impressão de iene pelo banco central do Japão, ao mesmo tempo em que realiza duras reformas econômicas, pode deixar o país com uma dívida sempre crescente e pouco melhora no potencial de crescimento da economia no longo prazo.
Alguns investidores estão apostando um adiamento aparentemente sem fim das reformes pode ser calamitoso, com um colapso do iene e com inflação fora do controle. A coalizão de Abe está em curso para manter ou até mesmo expandir sua maioria de dois terços na Câmara dos Deputados, de acordo com pesquisas de opinião.
E, embora muitos investidores esperem que ele vá utilizar seu mandato para avançar com suas reformas - que vão desde restrições no mercado de trabalho a cortes de proteção à agricultura - o governo, em vez disso, está buscando maneiras de fazer as pessoas gastarem.
Isso sugere que Abe possa prosseguir com os primeiros dois pontos de suas manobras políticas, o estímulo ao consumo e a impressão de mais dinheiro, com pouco entusiasmo pelo terceiro ponto, de desregulamentação e reforma. “Ainda não esperamos que Abe force um progresso rápido e de curto prazo sobre reformas estruturais, disseram em relatório os analistas Scott Seaman e Ross Schaap, do Eurasia Group.
Na trilha da campanha, Abe diz que permanece comprometido com todos os três pontos.