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Arábia Saudita acusa Irã de ingerência

Antes de Cúpula do Golfo, país saudita disse que o Irã deveria parar de interferir em assuntos internos do Golfo Pérsico e espalhar a "sedição"

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2012 às 11h45.

Manama - A Arábia Saudita disse nesta segunda-feira que o Irã , seu rival regional, deveria parar de interferir em assuntos internos do Golfo Pérsico e espalhar a "sedição", atividades que o governo iraniano nega.

Os comentários do chanceler saudita, príncipe Saud al-Faisal, se seguem a acusações semelhantes feitas ao Irã pelo reino no passado. É provável que outros países do Golfo expressem queixas semelhantes em uma cúpula de seis nações do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), que se inicia na noite desta segunda-feira.

"A interferência de um vizinho para provocar sedição é inaceitável", disse o príncipe Saud, segundo o diário saudita al-Hayat, com sede em Londres. "Isto não é confortável, porque ele (o Irã) está tentando usar as circunstâncias para interferir." O príncipe Saud deu a declaração no Barein, que está sediando a cúpula anual do Conselho, liderado pelos sauditas e que reúne um grupo de seis países exportadores de petróleo do Golfo Pérsico: Arábia Saudita, Catar, Kuwait, Barein, Omã e os Emirados Árabes Unidos.

O jornal não entrou em detalhes sobre o que o chanceler saudita entende por "circunstâncias", mas a queixa mais comum do Golfo Pérsico sobre suposta interferência iraniana na região se relaciona com o Barein, que tem repetidamente acusado o Irã de interferir na sua política interna.

Apesar de não ter manifestações na escala do Egito ou da Líbia, a situação no Barein tem sido volátil desde o início dos protestos pró-democracia liderados pelos muçulmanos xiitas, que formam a maioria da população no país, governado por sunitas. Forças da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos foram para o Barein no ano passado para ajudar a reprimir os protestos.

O governo do Irã, que é xiita, condenou esse movimento de tropas, dizendo que poderia levar à instabilidade regional. O Barein acusa o Irã de estar por trás dos protestos, mas o governo iraniano nega.

Na cúpula de dois dias também deve haver novos chamados para o fim da violência na Síria e pedido de renúncia do presidente sírio, Bashar al-Assad. Em novembro, o Conselho do Golfo reconheceu a recém-formada coalizão de oposição como a legítima representante do povo sírio.

Em uma entrevista à televisão do Barein, o secretário-geral do Conselho, Abdulatif al-Zayani, disse que a cúpula debateria vários assuntos, incluindo a crise síria, os conflitos no Iêmen e a "interferência iraniana".

Os xiitas do Barein se queixam de terem sido marginalizados na vida política e econômica, uma afirmação que o governo nega. Os governantes sunitas do país rejeitam a reivindicação dos manifestantes de que o governo do país seja eleito democraticamente.

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Manama - A Arábia Saudita disse nesta segunda-feira que o Irã , seu rival regional, deveria parar de interferir em assuntos internos do Golfo Pérsico e espalhar a "sedição", atividades que o governo iraniano nega.

Os comentários do chanceler saudita, príncipe Saud al-Faisal, se seguem a acusações semelhantes feitas ao Irã pelo reino no passado. É provável que outros países do Golfo expressem queixas semelhantes em uma cúpula de seis nações do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), que se inicia na noite desta segunda-feira.

"A interferência de um vizinho para provocar sedição é inaceitável", disse o príncipe Saud, segundo o diário saudita al-Hayat, com sede em Londres. "Isto não é confortável, porque ele (o Irã) está tentando usar as circunstâncias para interferir." O príncipe Saud deu a declaração no Barein, que está sediando a cúpula anual do Conselho, liderado pelos sauditas e que reúne um grupo de seis países exportadores de petróleo do Golfo Pérsico: Arábia Saudita, Catar, Kuwait, Barein, Omã e os Emirados Árabes Unidos.

O jornal não entrou em detalhes sobre o que o chanceler saudita entende por "circunstâncias", mas a queixa mais comum do Golfo Pérsico sobre suposta interferência iraniana na região se relaciona com o Barein, que tem repetidamente acusado o Irã de interferir na sua política interna.

Apesar de não ter manifestações na escala do Egito ou da Líbia, a situação no Barein tem sido volátil desde o início dos protestos pró-democracia liderados pelos muçulmanos xiitas, que formam a maioria da população no país, governado por sunitas. Forças da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos foram para o Barein no ano passado para ajudar a reprimir os protestos.

O governo do Irã, que é xiita, condenou esse movimento de tropas, dizendo que poderia levar à instabilidade regional. O Barein acusa o Irã de estar por trás dos protestos, mas o governo iraniano nega.

Na cúpula de dois dias também deve haver novos chamados para o fim da violência na Síria e pedido de renúncia do presidente sírio, Bashar al-Assad. Em novembro, o Conselho do Golfo reconheceu a recém-formada coalizão de oposição como a legítima representante do povo sírio.

Em uma entrevista à televisão do Barein, o secretário-geral do Conselho, Abdulatif al-Zayani, disse que a cúpula debateria vários assuntos, incluindo a crise síria, os conflitos no Iêmen e a "interferência iraniana".

Os xiitas do Barein se queixam de terem sido marginalizados na vida política e econômica, uma afirmação que o governo nega. Os governantes sunitas do país rejeitam a reivindicação dos manifestantes de que o governo do país seja eleito democraticamente.

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