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ANSM: Hidroxicloroquina está relacionada a mais de 500 efeitos colaterais

Segundo Agência Francesa de Segurança Sanitária, medicamento pode desenvolver problemas neuropsiquiátricos e cardíacos nos pacientes

Covid-19: A agência sanitária francesa ANSM registrou seis casos de problemas neuropsiquiátricos em pacientes que usaram hidroxicloroquina, entre eles três suicídios e uma tentativa de suicídio (Gerard Julien/AFP)

Covid-19: A agência sanitária francesa ANSM registrou seis casos de problemas neuropsiquiátricos em pacientes que usaram hidroxicloroquina, entre eles três suicídios e uma tentativa de suicídio (Gerard Julien/AFP)

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AFP

Publicado em 15 de maio de 2020 às 18h36.

Última atualização em 15 de maio de 2020 às 23h03.

O número de avisos de efeitos colaterais de certas formas de tratamento relacionadas ao novo coronavírus supera 500, segundo a Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Produtos de Saúde (ANSM), incluindo problemas cardíacos atribuídos à hidroxicloroquina.

Segundo a agência, sua equivalente na Espanha, a AEMPS, deu conta de seis casos de problemas neuropsiquiátricos em pacientes que usaram hidroxicloroquina, entre eles três suicídios e uma tentativa de suicídio.

Os problemas neuropsiquiátricos apareceram principalmente nos primeiros dias de tratamento, com doses elevadas, inclusive em pacientes sem antecedentes psiquiátricos.

A ANSM assinala que já se conhecia o risco de problemas psiquiátricos provocados pela hidroxicloroquina e cloroquina, que poderiam se agravar no contexto da pandemia e do confinamento. Neste sentido, há uma avaliação em andamento em nível europeu.

A ANSM indica que "o número de casos de efeitos cardíacos indesejáveis em tratamentos com hidroxicloroquina administrada sozinha ou associada a outros remédios teve um aumento menos importante do que nas semanas anteriores".

A hidroxicloroquina, um derivado da cloroquina, remédio contra a malária, é conhecida por provocar em alguns pacientes anomalias elétricas do funcionamento cardíaco, visíveis por meio de eletrocardiograma, que podem provocar arritmia e até a morte.

"Parece que os pacientes com covid-19 são mais frágeis em nível cardiovascular e, em consequência, mais suscetíveis do que outras pessoas de apresentar problemas com remédios que são nocivos ao coração", como a hidroxicloroquina, explicou em abril à AFP o diretor-geral da ANSM, Dominique Martin.

Levando em conta esta risco, a agência sanitária francesa lembrou que, se estes medicamentos forem usados contra a covid-19, isto tem que acontecer dentro dos testes clínicos em andamento.

 

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