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ANP prende 50 militantes do Hamas e da Jihad na Cisjordânia

Prisões foram efetuadas em vários pontos da Cisjordânia, especialmente em Hebron e no campo de refugiados de Balata, no distrito de Nablus


	Prisões foram efetuadas em vários pontos da Cisjordânia, especialmente em Hebron e no campo de refugiados de Balata, no distrito de Nablus
 (REUTERS/Ammar Awad)

Prisões foram efetuadas em vários pontos da Cisjordânia, especialmente em Hebron e no campo de refugiados de Balata, no distrito de Nablus (REUTERS/Ammar Awad)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2015 às 09h17.

Ramala - Forças de segurança da Autoridade Nacional Palestina (ANP) prenderam nos últimos dois dias cerca de 50 membros do Hamas e da Jihad Islâmica na Cisjordânia, em uma das maiores operações dos últimos três anos.

Segundo o deputado do Conselho Legislativo Palestino (PLC, por sua sigla em inglês), Aiman Daragme, as prisões foram efetuadas em vários pontos da Cisjordânia, especialmente em Hebron e no campo de refugiados de Balata, no distrito de Nablus.

A família de um dos detidos em Hebron disse que as forças de segurança palestinas entraram em seu domicílio e levaram Nizar Ramadam, estudante da Universidade de Hebron.

Em Nablus, um grande número de equipes de agências de segurança palestinas realizaram uma operação qualificada de "brutal" pelos moradores locais. Agentes mascarados e várias mulheres participaram da ação.

A esposa de um dos detidos, identificado como Hatim Kadah, relatou que as forças levaram "sequestrado" seu marido, apesar dele estar doente, e que desde então seu paradeiro é desconhecido.

Kadah tinha permanecido cinco anos sob prisão administrativa em um centro de detenção israelense e foi libertado recentemente.

Um comunicado do escritório do Conselho Legislativo em Hebron, vinculado ao Hamas, classificou de "políticas" as detenções e afirmou que foram presos vários filhos de deputados, assim como antigos prisioneiros recentemente libertados.

Segundo o Conselho, as detenções "se contradizem com a lei básica palestina e a atmosfera da reconciliação" pactuada entre o Hamas e o grupo nacionalista Fatah, liderada pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas.

"A rua palestina arde e a ANP está surda. As agências de segurança palestinas estão confundindo os cidadãos mediante a intensificação de suas campanhas de detenção, com as quais buscam conter qualquer fonte de resistência", acrescentou o comunicado.

O porta-voz da ANP, Adnan Al Damiri, disse que "todas as prisões foram efetuadas de acordo com as políticas da ANP e a legislação palestina, sem levar em conta nenhuma consideração política".

Fontes de segurança israelenses citadas hoje pelo diário "Haaretz" disseram que a onda de detenções em cidades e aldeias da Cisjordânia foi ordenada pelo presidente da ANP, e ressaltaram que a maior parte dos detidos pertencem ao Hamas ou a Jihad Islâmica palestina e a seus respectivos braços armados.

De acordo com o Hamas, a operação é uma resposta à detenção de um dirigente do Fatah por forças de segurança do grupo islamita em Gaza, e demonstra que a ANP continua cooperando com Israel.

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