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ANP diz que Chevron interpretou mal dados sobre Frade

A informação foi dada durante apresentação do relatório sobre o incidente registrado em novembro de 2011, na bacia de Campos.

Posto da Chevron: empresa não foi capaz de interpretar geologia do campo de Frade (AFP/Getty Images/Arquivo/Justin Sullivan)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 17h50.

Rio de Janeiro - A Chevron analisou mal dados geológicos e poderia ter evitado o vazamento no poço no campo de Frade se tivesse feito as avaliações corretamente, disse nesta quinta-feira a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard.

A informação foi dada durante apresentação do relatório sobre o incidente registrado em novembro de 2011, na bacia de Campos.

O documento sobre as investigações do primeiro vazamento na área operada pela petroleira norte-americana indicou que a empresa descumpriu a regulamentação e o seu próprio manual de procedimentos, conforme antecipou a Reuters na noite de quarta-feira.

A Chevron não foi capaz de interpretar geologia do campo de Frade, apesar de ter perfurado dezenas de poços no local, disse Chambriard a jornalistas nesta quinta-feira.

Segundo ela, a Chevron não utilizou dados de resistência da rocha. Se tivesse utilizado, teria concluído que poço em Frade não poderia ter sido perfurado.

A ANP concluiu que 3,7 mil barris de óleo foram derramados enquanto a petroleira americana perfurava um poço no campo da bacia de Campos. A estimativa é maior do que havia informado a Chevron, que calculou um vazamento de 2,4 mil barris.


A Chevron discordou, em nota enviada na quarta-feira, do volume estimado pela ANP, reiterando por meio de sua assessoria de imprensa que o total do derramamento somou 2,4 mil barris.

"Estamos analisando a estimativa da ANP", disse a Chevron, ressaltando que agiu sempre de forma diligente e apropriada, de acordo com as melhores práticas da indústria.

O relatório da ANP informa que o vazamento poderia ter sido evitado se a petroleira tivesse operado de acordo com o previsto pelas normas.

"Os elementos avaliados e descritos pela ANP em seu relatório demonstram, detalhadamente, que o acidente poderia ter sido evitado, caso a Chevron tivesse conduzido suas operações em plena aderência à regulamentação, em conformidade com as boas práticas da indústria do petróleo e com seu próprio manual de procedimentos", conclui a agência.

A multa para a Chevron será calculada dentro de 30 dias, informou a ANP nesta quinta-feira.

A ANP não vê necessidade de mudar as normas para o setor em função do vazamento na área da Chevron, disse Raphael Moura, superintendente da área de Segurança Operacional e Meio Ambiente da agência.

Segundo ele, o volume derramado em Frade correspondeu a 96 por cento do total de vazamentos de petróleo registrados no Brasil em 2011.

A ANP disse que a Chevron só poderá retomar atividades exploratórias se demonstrar que compreendeu as causas do incidente, provando que pode perfurar e reinjetar água nos poços com segurança.

O relatório da ANP afirma que houve erro no gerenciamento da pressão no reservatório de Frade.

A agência disse também que a análise de risco do poço onde houve o vazamento, um documento importante para a operação, não estava na plataforma na bacia de Campos, conforme determina a regra. (Reportagem de Sabrina Lorenzi)

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Rio de Janeiro - A Chevron analisou mal dados geológicos e poderia ter evitado o vazamento no poço no campo de Frade se tivesse feito as avaliações corretamente, disse nesta quinta-feira a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard.

A informação foi dada durante apresentação do relatório sobre o incidente registrado em novembro de 2011, na bacia de Campos.

O documento sobre as investigações do primeiro vazamento na área operada pela petroleira norte-americana indicou que a empresa descumpriu a regulamentação e o seu próprio manual de procedimentos, conforme antecipou a Reuters na noite de quarta-feira.

A Chevron não foi capaz de interpretar geologia do campo de Frade, apesar de ter perfurado dezenas de poços no local, disse Chambriard a jornalistas nesta quinta-feira.

Segundo ela, a Chevron não utilizou dados de resistência da rocha. Se tivesse utilizado, teria concluído que poço em Frade não poderia ter sido perfurado.

A ANP concluiu que 3,7 mil barris de óleo foram derramados enquanto a petroleira americana perfurava um poço no campo da bacia de Campos. A estimativa é maior do que havia informado a Chevron, que calculou um vazamento de 2,4 mil barris.


A Chevron discordou, em nota enviada na quarta-feira, do volume estimado pela ANP, reiterando por meio de sua assessoria de imprensa que o total do derramamento somou 2,4 mil barris.

"Estamos analisando a estimativa da ANP", disse a Chevron, ressaltando que agiu sempre de forma diligente e apropriada, de acordo com as melhores práticas da indústria.

O relatório da ANP informa que o vazamento poderia ter sido evitado se a petroleira tivesse operado de acordo com o previsto pelas normas.

"Os elementos avaliados e descritos pela ANP em seu relatório demonstram, detalhadamente, que o acidente poderia ter sido evitado, caso a Chevron tivesse conduzido suas operações em plena aderência à regulamentação, em conformidade com as boas práticas da indústria do petróleo e com seu próprio manual de procedimentos", conclui a agência.

A multa para a Chevron será calculada dentro de 30 dias, informou a ANP nesta quinta-feira.

A ANP não vê necessidade de mudar as normas para o setor em função do vazamento na área da Chevron, disse Raphael Moura, superintendente da área de Segurança Operacional e Meio Ambiente da agência.

Segundo ele, o volume derramado em Frade correspondeu a 96 por cento do total de vazamentos de petróleo registrados no Brasil em 2011.

A ANP disse que a Chevron só poderá retomar atividades exploratórias se demonstrar que compreendeu as causas do incidente, provando que pode perfurar e reinjetar água nos poços com segurança.

O relatório da ANP afirma que houve erro no gerenciamento da pressão no reservatório de Frade.

A agência disse também que a análise de risco do poço onde houve o vazamento, um documento importante para a operação, não estava na plataforma na bacia de Campos, conforme determina a regra. (Reportagem de Sabrina Lorenzi)

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