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Angola condena ativistas por conspiração contra presidente

A pena mais alta, de oito anos e seis meses, foi para Domingos da Cruz, considerado o líder do grupo

Presidente de Angola: o grupo de jovens foi detido após participar de uma reunião para discutir política e as preocupações do governo (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de março de 2016 às 13h53.

Nairóbi - A justiça de Angola condenou nesta segunda-feira 17 ativistas a penas entre dois e oito anos de prisão por conspirarem para atentar contra o presidente do país, José Eduardo dos Santos, no poder desde 1979.

A pena mais alta, de oito anos e seis meses, foi para Domingos da Cruz, considerado o líder do grupo, e para o rapper luso-angolano Luaty Beirao, que cumprirá pena de 5 anos e seis meses, informou o site "Rede Angola".

O caso se refere a 20 de junho de 2015, quando o grupo de jovens foi detido após participar de uma reunião para discutir política e as preocupações do governo, o que as autoridades angolanas consideraram um ato de "preparação de rebelião e atentado contra o presidente, José Eduardo dos Santos".

Segundo a acusação, o grupo de detidos, de jovens entre 19 e 33 anos, planejavam a rebelião mediante "a colocação de barricadas nas principais ruas da capital e o incêndio de pneus onde há maior afluência de cidadãos estrangeiros".

O rapper Luaty Beirao, de 33 anos, se transformou no símbolo de resistência dos jovens ao fazer uma greve de fome durante 36 dias para protestar contra a prisão preventiva contra ele o os outros ativistas.

A representante do Ministério Público no caso, Isabel Fançony Nicolás, argumentou que não havia sido possível provar que o grupo estaria tentando atentar contra a vida do presidente angolano.

No entanto, segundo a acusação, as conversas mantidas pelos ativistas revelaram que eles estavam planejando atos de rebelião e se preparando para tomar o poder.

Organizações internacionais, como a Anistia Internacional (AI) condenaram o tratamento recebido pelos ativistas e exigiram sua libertação.

Santos governa Angola desde 1979, quando comandava o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), um antigo movimento revolucionário de sinal marxista que lutou contra o domínio português entre 1961 e 1975. No princípio deste mês anunciou que deixará "a atividade política ativa" em 2018.

O líder angolano foi repetidamente criticado por abusos dos direitos humanos no país, que se transformou o segundo maior produtor de petróleo da África, mas onde metade da população vive com menos de 2 euros (R$ 9) por dia.

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O caso se refere a 20 de junho de 2015, quando o grupo de jovens foi detido após participar de uma reunião para discutir política e as preocupações do governo, o que as autoridades angolanas consideraram um ato de "preparação de rebelião e atentado contra o presidente, José Eduardo dos Santos".

Segundo a acusação, o grupo de detidos, de jovens entre 19 e 33 anos, planejavam a rebelião mediante "a colocação de barricadas nas principais ruas da capital e o incêndio de pneus onde há maior afluência de cidadãos estrangeiros".

O rapper Luaty Beirao, de 33 anos, se transformou no símbolo de resistência dos jovens ao fazer uma greve de fome durante 36 dias para protestar contra a prisão preventiva contra ele o os outros ativistas.

A representante do Ministério Público no caso, Isabel Fançony Nicolás, argumentou que não havia sido possível provar que o grupo estaria tentando atentar contra a vida do presidente angolano.

No entanto, segundo a acusação, as conversas mantidas pelos ativistas revelaram que eles estavam planejando atos de rebelião e se preparando para tomar o poder.

Organizações internacionais, como a Anistia Internacional (AI) condenaram o tratamento recebido pelos ativistas e exigiram sua libertação.

Santos governa Angola desde 1979, quando comandava o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), um antigo movimento revolucionário de sinal marxista que lutou contra o domínio português entre 1961 e 1975. No princípio deste mês anunciou que deixará "a atividade política ativa" em 2018.

O líder angolano foi repetidamente criticado por abusos dos direitos humanos no país, que se transformou o segundo maior produtor de petróleo da África, mas onde metade da população vive com menos de 2 euros (R$ 9) por dia.

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