Analistas divididos sobre alcance da morte de Bin Laden
Alguns especialistas acreditam que morte deve aumentar o número de atentados, mas outros veem a Al Qaeda enfraquecida sem o líder
Da Redação
Publicado em 2 de maio de 2011 às 16h24.
Cairo - Estão divididas as opiniões dos especialistas árabes estão na hora de avaliar o impacto da morte do líder da Al Qaeda Osama bin Laden, que pode resultar tanto no aumento da ameaça terrorista quanto a um golpe capaz de debilitar a organização.
O analista em assuntos islâmicos no centro Ibn Khaldun Ali al-Fil disse à Agência Efe que prevê "muitas reações violentas da Al Qaeda em células do Iêmen e no Iraque".
Fil, que deixou dúvidas sobre a veracidade da morte de bin Laden, afirmou que o anúncio vai levar a execução de atentados em países ocidentais já ameaçados.
Na mesma linha, o analista político iraquiano Mustafa al Ali não descartou a possibilidade de que seguidores de bin Laden lancem ataques contra alvos americanos em represália à morte de seu líder.
Já o analista egípcio Issandr el-Amrani declarou à agência Efe que "o impacto será limitado" e que "a violência da Al Qaeda pode aumentar, mas não em excesso".
"Se ocorrerem atentados será porque já estavam planejados, não por causa da morte de bin Laden", afirmou Amrani, quem considera que a eliminação do líder da Al Qaeda para esta organização é "simbólica", já que "seu poder há muito tempo era limitado".
Com relação ao possível impacto nas células que Al Qaeda tem em vários países árabes como o Iraque e o Iêmen, Amrani afirmou que "são independentes e não recebiam ordens diretas de bin Laden".
Com relação a isso, Ali ressaltou em declarações à Efe que "a estabilidade da segurança no Iraque é algo construído por políticos iraquianos, não pela morte do líder da Al Qaeda e de outros líderes".
Para este analista, a principal causa da instabilidade no Iraque são as diferenças entre os blocos políticos e não a presença do grupo terrorista no país, cuja influência se debilitou graças "ao despertar popular e à rejeição das tribos à Al Qaeda, suas ideias e seus métodos".
Por outro lado, o analista apontou o egípcio e atual "número dois" da organização terrorista, Ayman al-Zawahiri, como possível sucessor de bin Laden.
Com essa posição concorda o analista jordaniano em grupos islâmicos Marwan Shehada, quem nomeou Zawahiri e o líbio Abu Yahya al Libi, um dos dirigentes do grupo terrorista, como possíveis substitutos do líder da Al Qaeda.
Shehada considerou que a morte de bin Laden "minará a moral dos combatentes da Al Qaeda, pelo menos, por algum tempo".
"Acredito que a Al Qaeda sofreu um revés devido ao fato de Osama bin Laden ser um líder carismático, cuja personalidade exercia um grande efeito na hora de convencer aos membros e as diversas hierarquias dentro do grupo", acrescentou.
Neste sentido, o analista egípcio do Centro "Al-Ahram" para Estudos Políticos e Estratégicos Mohammed Abbas classificou a morte de bin Laden de "um grande golpe que pode confundir a Al Qaeda em seus cálculos" e fazê-la retroceder.
Cairo - Estão divididas as opiniões dos especialistas árabes estão na hora de avaliar o impacto da morte do líder da Al Qaeda Osama bin Laden, que pode resultar tanto no aumento da ameaça terrorista quanto a um golpe capaz de debilitar a organização.
O analista em assuntos islâmicos no centro Ibn Khaldun Ali al-Fil disse à Agência Efe que prevê "muitas reações violentas da Al Qaeda em células do Iêmen e no Iraque".
Fil, que deixou dúvidas sobre a veracidade da morte de bin Laden, afirmou que o anúncio vai levar a execução de atentados em países ocidentais já ameaçados.
Na mesma linha, o analista político iraquiano Mustafa al Ali não descartou a possibilidade de que seguidores de bin Laden lancem ataques contra alvos americanos em represália à morte de seu líder.
Já o analista egípcio Issandr el-Amrani declarou à agência Efe que "o impacto será limitado" e que "a violência da Al Qaeda pode aumentar, mas não em excesso".
"Se ocorrerem atentados será porque já estavam planejados, não por causa da morte de bin Laden", afirmou Amrani, quem considera que a eliminação do líder da Al Qaeda para esta organização é "simbólica", já que "seu poder há muito tempo era limitado".
Com relação ao possível impacto nas células que Al Qaeda tem em vários países árabes como o Iraque e o Iêmen, Amrani afirmou que "são independentes e não recebiam ordens diretas de bin Laden".
Com relação a isso, Ali ressaltou em declarações à Efe que "a estabilidade da segurança no Iraque é algo construído por políticos iraquianos, não pela morte do líder da Al Qaeda e de outros líderes".
Para este analista, a principal causa da instabilidade no Iraque são as diferenças entre os blocos políticos e não a presença do grupo terrorista no país, cuja influência se debilitou graças "ao despertar popular e à rejeição das tribos à Al Qaeda, suas ideias e seus métodos".
Por outro lado, o analista apontou o egípcio e atual "número dois" da organização terrorista, Ayman al-Zawahiri, como possível sucessor de bin Laden.
Com essa posição concorda o analista jordaniano em grupos islâmicos Marwan Shehada, quem nomeou Zawahiri e o líbio Abu Yahya al Libi, um dos dirigentes do grupo terrorista, como possíveis substitutos do líder da Al Qaeda.
Shehada considerou que a morte de bin Laden "minará a moral dos combatentes da Al Qaeda, pelo menos, por algum tempo".
"Acredito que a Al Qaeda sofreu um revés devido ao fato de Osama bin Laden ser um líder carismático, cuja personalidade exercia um grande efeito na hora de convencer aos membros e as diversas hierarquias dentro do grupo", acrescentou.
Neste sentido, o analista egípcio do Centro "Al-Ahram" para Estudos Políticos e Estratégicos Mohammed Abbas classificou a morte de bin Laden de "um grande golpe que pode confundir a Al Qaeda em seus cálculos" e fazê-la retroceder.