Policiais isolaram a área próxima à igreja que foi cenário do ataque: Joseph Carlton Meek, de 21 anos, é acusado de ter ocultado que estava ciente das intenções de seu amigo Dylann Roof (Getty/AFP / Richard Ellis)
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2015 às 17h05.
Um amigo do jovem americano acusado de matar nove negros em uma igreja de Charleston em junho passado foi preso por mentir às autoridades sobre seu conhecimento do crime, informou o Departamento de Justiça.
Joseph Carlton Meek, de 21 anos, é acusado de ter ocultado que estava ciente das intenções de seu amigo Dylann Roof e de ter mentido a agentes do FBI que investigavam o massacre ocorrido no dia 17 de junho em Charleston, Carolina do Sul (sudeste dos Estados Unidos), indicou o comunicado do departamento.
Meek, que depois do crime deu entrevistas a meios de comunicação locais nas quais disse desconhecer as verdadeiras intenções de seu amigo, se declarou inocente nesta sexta-feira, um dia após ter sido preso em Red Bank, Carolina do Sul.
Roof, de 21 anos, é acusado de ter matado nove paroquianos que estavam na igreja emblemática da comunidade negra, a Emanuel African Methodist Episcopal Church (AME) de Charleston, no que constitui o pior massacre racista da história recente dos Estados Unidos.
Meek, que havia dito que costumava abrigar Roof em seu trailer, escondeu que sabia dos fatos e prestou "declarações falsas, fictícias e fraudulentas" aos investigadores, segundo documentos judiciais.
Se for considerado culpado, Meek pode enfrentar até 3 anos de prisão por ter ocultado informação e outros 5 anos por mentir às autoridades.
Procuradores da Carolina do Sul declararam que pedirão a pena capital contra Dylann Roof, que está sendo processado em nível estatal e federal.
Roof se declarou inocente perante um tribunal federal em julho de nove assassinatos, três tentativas de assassinato e crime racista em virtude da lei sobre os crimes motivados pelo ódio em função da raça ou da religião.
O julgamento federal está previsto para julho de 2016.