Desfile militar na Coreia do Norte: detidos disseram que haviam sido bem tratados (KNS/AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de setembro de 2014 às 13h53.
Washington - Três cidadãos americanos presos na Coreia do Norte pediram ajuda nesta segunda-feira para conseguir sua libertação, e apelaram para Washington enviar um representante ao país comunista.
"Continuem rezando por mim", disse Kenneth Bae, que esteve por mais tempo detido, em uma mensagem à família e amigos, em uma entrevista incomum à rede CNN.
Os três detidos, que pareciam tensos, disseram que haviam sido bem tratados no país.
Bae, Jeffrey Fowle e Matthew Miller falavam a partir de um hotel na capital Pyongyang.
A CNN descreveu as circunstâncias que levaram à entrevista como bizarras, destacando que sua equipe estava em um giro governamental fora de Pyongyang quando foi avisada que poderia entrevistar um funcionário de alto escalão da cidade, sendo levada a um local não identificado.
Bae foi preso em novembro de 2012 e condenado mais tarde a 15 anos de trabalhos forçados, acusado de tentativa de depor o governo norte-coreano.
A Coreia do Norte anunciou em julho que julgaria Miller e Fowle por realizar atos hostis.
Fowle, de 56 anos, entrou no país no dia 29 de abril e foi preso supostamente por deixar uma bíblia em um hotel.
"Estou bem por enquanto, mas preciso que as pessoas saibam que estou me desesperando, estou desesperado por ajuda", disse.
Miller, de 24 anos, foi preso em abril, depois que seu visto de imigração expirou e ele pediu asilo.
"Minha situação é muito urgente, em breve irei a julgamento e vou diretamente à prisão", advertiu.
No mês passado, um representante da Suécia, país que administra os interesses americanos na Coreia do Norte, visitou Bae em seu campo de trabalho.