O assunto foi discutido no Fórum de Financiamento para Energias Renováveis da América Latina e do Caribe (Wikimedia Common/Wikimedia)
Da Redação
Publicado em 24 de abril de 2012 às 19h28.
Miami - A América Latina se transformou em uma atrativa região para os projetos de energias renováveis pela abundância de recursos naturais e espera aumento no volume de capitais apesar da crise econômica internacional, revelaram nesta terça-feira analistas em Miami.
O assunto foi discutido no Fórum de Financiamento para Energias Renováveis da América Latina e do Caribe, onde alguns especialistas consultados pela Agência Efe descartaram que a decisão da Argentina de expropriar a participação da espanhola Repsol na YPF afete o fluxo de investimentos à região.
''América Latina e o Caribe fazem parte da região de maior crescimento da indústria de energias renováveis. Esta indústria em nível global cresce 40% ao ano. Na América Latina vem crescendo quase o dobro, 70%'', declarou o presidente do Conselho de Energias Renováveis da América Latina e o Caribe (LAC-CORE), Carlos St. James, que organizou a reunião.
Em 2010, ''o último ano com números concretos'', foram investidos mais de US$ 13 bilhões em parques eólicos, projetos de etanol, parques solares e outras áreas de energias renováveis.
O principal receptor do investimento foi o Brasil com US$ 7 bilhões e os recursos foram destinados para plantas de produção de etanol com cana-de-açúcar e parques eólicos.
Outros países que seduzem os investidores são México, Colômbia, Chile, Uruguai e as nações da América Central.
St. James garantiu a Efe que ''o relevante disto é que o mundo investidor, seja em Londres ou Nova York, chegou à conclusão de que o lugar para investir em energia verde é justamente na América Latina''.
''Com tudo e a crise econômica internacional, as oportunidades para a América Latina em termos de investimento continuam crescendo'', afirmou o diretor do Centro de Estudos Estratégicos Latino-americanos (Ceelat), Pablo Reyes.
Observa-se progresso significativo, ressaltou, em países como Brasil, Nicarágua, Argentina e Panamá, que dão ''incentivos para estimular este processo''.
Ele considerou que se requer mais investimento em energias não convencionais porque existe grande potencial de energia eólica, solar e geotérmica, que não foram adiante por falta de capital.