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América Latina está atrasada em eficácia de governo, diz CAF

No estudo, se observa certa melhora nos casos de Colômbia e México, que tinham índices muito baixos, e uma deterioração nos casos da Argentina e Venezuela


	Cidade do México: no estudo, se observa certa melhora nos casos de Colômbia e México, que tinham índices muito baixos, e uma deterioração nos casos da Argentina e Venezuela
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Cidade do México: no estudo, se observa certa melhora nos casos de Colômbia e México, que tinham índices muito baixos, e uma deterioração nos casos da Argentina e Venezuela (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2015 às 07h14.

Caracas- As políticas públicas na América Latina são ineficientes em sua implementação devido à necessidade, entre outras, de uma burocracia de qualidade, de sistemas de compras públicas efetivos e de participação popular, disse nesta quarta-feira à Agência Efe o diretor de pesquisas socioeconômicas do CAF, o Banco de Desenvolvimento da América Latina, Pablo Sanguinetti.

Essas conclusões fazem parte do Relatório de Economia e Desenvolvimento (REDE2015) publicado pelo CAF e no qual Sanguinetti dirigiu a equipe de pesquisa.

Segundo o relatório, a América Latina está atrasada em relação a outras regiões do mundo em matéria de eficiência e qualidade de governo.

"As políticas, além do que se pensa que é feito e que há recursos, são ineficientes na implementação", disse Sanguinetti, que também apontou que isso "é algo muito generalizado no mundo em desenvolvimento", mas em particular na América Latina.

"Há muitos exemplos de políticas bem intencionadas com bons antecedentes em outros países e que as nações querem seguir, e têm os recursos para isso, mas, no fim, essas políticas não dão resultados", opinou o especialista.

O relatório destaca quatro elementos-chave para gerar essa eficiência dos Estados em suas políticas: burocracia de qualidade, mecanismos de compras públicas eficazes, participação popular efetiva e um sistema de avaliação, monitoramento e aprendizagem.

No estudo, o Chile aparece como o país com as maiores capacidades estatais e com níveis superiores à média europeia.

Também se destaca o Uruguai, mas com valores muito inferiores aos do Chile.

Além disso, se observa certa melhora nos casos de Colômbia e México, que tinham índices muito baixos, e uma deterioração nos casos da Argentina e Venezuela.

As recomendações do relatório apontam para a necessidade de se aperfeiçoar as burocracias, assim como de estabelecer mecanismos que fomentem a concorrência entre fornecedores e prestadores de serviço para evitar a corrupção, além do incentivo à participação popular.

"No atual clima de baixo crescimento econômico na América Latina, é vital ter Estados eficientes, já que deverão manter as conquistas sociais da ultima década e, para isso, entre outras medidas, deverão gerir seus recursos", afirmou Sanguinetti. 

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