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Alta participação eleitoral nos EUA pode bater recordes

Aproximadamente 47 milhões de americanos tinham votado antes do dia das eleições, através do voto antecipado que é permitido em alguns estados

Eleições: na Flórida, onde o voto latino é de grande peso, houve um aumento de 36% no voto antecipado em relação ao último pleito presidencial (Charles Mostoller/Reuters)
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EFE

Publicado em 8 de novembro de 2016 às 22h23.

Washington - A participação popular que está sendo registrada nos Estados Unidos ao longo desta terça-feira nas eleições que vão definir o próximo presidente do país, sobretudo em alguns dos estados considerados chave para o resultado, está sendo elevada e pode inclusive bater alguns recordes, segundo as primeiras estimativas.

Aproximadamente 47 milhões de americanos tinham votado antes do dia das eleições, através do voto antecipado que é permitido em alguns estados.

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Na Flórida, onde o voto latino é de grande peso, houve um aumento de 36% no voto antecipado em relação ao último pleito presidencial, de 2012, e segundo o jornal "Tampa Bay Times", mais de meio milhão de latinos votaram antes de hoje.

Em 2012, somente 27% dos latinos votaram a favor do republicano Mitt Romney, segundo dados do Pew Hispanic Center, muito menos que os 40% dos eleitores latinos que apoiaram George W. Bush em 2004 e os 31% que votaram em John McCain em 2008.

Neste sentido, a demografia indica que os latinos estão aumentando sua influência nas eleições, já que é uma das minorias que crescem com maior rapidez no país, passando dos 18 milhões que podiam votar em 2008 para os atuais 27 milhões.

Segundo muitos analistas políticos, os ataques a imigrantes por parte do candidato republicano, Donald Trump, farão com que a participação latina aumente consideravelmente, despertando assim esse segmento da população que alguns chamam "o gigante adormecido".

Já na Carolina do Norte, outro estado-chave para este pleito, o voto antecipado aumentou em 17% em relação a 2012, com um aumento de 86% entre os latinos e 74% entre os asiáticos.

Ao longo do dia, houve vários relatos de longas filas em alguns dos estados que podem ser o fiel da balança, como Nevada, onde o voto latino também pode ser decisivo.

Na Pensilvânia, historicamente democrata, o secretário de Estado Pedro Cortes disse ser esperado que 80% dos eleitores de seu estado compareçam às urnas e não descartou que batam o recorde de 1992, quando 83% votaram para decidir entre Bill Clinton e George H. W. Bush.

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