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Almirante dos EUA defende linha direta com Exército chinês

Comandante lamentou ausência de uma linha direta com os generais chineses para evitar uma situação de crise

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, visita base militar americana em Doha, Catar, em 10 de dezembro de 2013 (AFP)

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, visita base militar americana em Doha, Catar, em 10 de dezembro de 2013 (AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 21h26.

O comandante das forças americanas na Ásia-Pacífico, almirante Samuel Locklear, lamentou nesta quinta-feira a ausência de uma linha direta com os generais do Exército chinês para evitar uma situação de crise, uma das grandes preocupações americanas.

Segundo ele, o secretário americana da Defesa, Chuck Hagel, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Martin Dempsey, mantêm um diálogo com seus pares para evitar esse tipo de situação.

"Mas, dentro da zona Ásia-Pacífico, não posso pegar o telefone e falar diretamente com um general, ou com um almirante chinês em tempos de crise", disse o chefe do Comando Pacífico (Pacom, na sigla em inglês), durante uma entrevista coletina no Pentágono.

"Temos de trabalhar nesse ponto. Falamos do assunto, mas são coisas que levam tempo", acrescentou o almirante Locklear, que disse estar "preocupado" pela situação no mar da China Oriental, onde Pequim e Tóquio se enfrentam por causda da soberania das ilhas Senkaku/Diaoyu.

"Cada vez que duas grandes potências, econômicas e militares, têm discrepâncias das quais não falam entre si, sem que tenha solução diplomática à vista, o risco de cometer erros de análise aumenta", considerou.

Na quarta-feira, em Davos, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, voltou a advertir a China sobre o risco de uma escalada militar no mar da China Oriental.

Em dezembro, o chefe do Pentágono, Chuck Hagel, também lamentou a falta de comunicação com Pequim, depois que uma embarcação militar chinesa forçou um navio dos Estados Unidos a manobrar para evitar uma colisão no mar da China meridional, em um "ato irresponsável" segundo ele.

"É o tipo de coisa realmente incendiária que pode ser o detonador, ou a faísca capaz de provocar erros de análise", afirmou, defendendo que Washington e Pequim trabalhem juntos para "se dotar de um mecanismo capaz de resolver esse tipo de assunto".

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