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Aliança da direita israelense adota plano para anexar Cisjordânia

O chamado "Plano Decisivo" descarta a criação de um Estado palestino e pretende fomentar a saída da população árabe

Palestino: os membros da aliança negaram que o plano seja "racista" (Mohamad Torokman/Reuters)

Palestino: os membros da aliança negaram que o plano seja "racista" (Mohamad Torokman/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de setembro de 2017 às 09h03.

Jerusalém - Uma aliança de ultradireita e nacionalista israelense adotou um plano para anexar a Cisjordânia e incentivar a saída dos palestinos, em uma iniciativa que contou com o apoio do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e de alguns ministros de seu Governo.

A iniciativa da denominada Unidade Nacional foi aprovada ontem à noite em um fórum no qual estava o titular de Agricultura Uri Ariel, o parlamentar Moti Yogev e o deputado de Lar Judeu e promotor do plano, Bezalel Smotrich, segundo o jornal "Haaretz", que destacou a ausência do presidente dessa formação e titular de Educação, Naftali Benet.

O comitê central dessa aliança política aprovou por unanimidade o conhecido "Plano Decisivo", que descarta a criação de um Estado palestino e promove fomentar a saída da população árabe.

Netanyahu, que realiza uma visita oficial na América Latina, participou da reunião através de uma chamada de vídeo na qual também fez referência à Judeia e Samaria (denominação judaíca para o território palestino da Cisjordânia) quando falou das conquistas de Israel e de seu futuro.

"Porque é a nossa terra. A terra do povo judeu. A única terra prometida aos nossos antepassados. Nos deram o direito de nos estabelecermos aqui e devemos conservá-lo com cuidado", declarou no vídeo dirigido aos assistentes à conferência da União Nacional.

Os membros da aliança negaram que o plano seja "racista" apesar de promover a saída dos árabes, e oferecer ajuda e compensações para incentivar o que eles consideram uma "migração", recolheu o "Haaretz".

O mapa apresentado ontem, que pretendem que seja assumido pelo Executivo, delineia aos palestinos dos territórios ocupados ficar só se "renunciarem às aspirações nacionalistas" e aceitando não ter direito ao voto no Parlamento israelense (Kneset).

O titular de Agricultura avaliou o plano como "importante, especialmente desde a perspectiva da conscientização" e todos concordaram que "chegou o momento de implementá-lo" como a única solução a sete décadas de conflito palestino e israelense.

Este plano contradiz a intenção da comunidade internacional, até agora teoricamente apoiada por Israel, da solução de dois Estados, que supõe o estabelecimento de um Estado palestino independente.

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