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Alemão vai assumir lugar de Valcke na Fifa

Kattner, diretor financeiro da Fifa desde 2003, foi nomeado secretário-geral adjunto em 2007, no momento em que Valcke foi designado secretário-geral


	Saída do secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke: Markus Kattner vai administrar os assuntos cotidianos como secretário-geral adjunto
 (REUTERS)

Saída do secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke: Markus Kattner vai administrar os assuntos cotidianos como secretário-geral adjunto (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2015 às 10h43.

O diretor financeiro e secretário-geral adjunto da Fifa, o alemão Markus Kattner, "ficará responsável pelos assuntos cotidianos" após a demissão na quinta-feira do secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke.

"Markus Kattner vai administrar os assuntos cotidianos como secretário-geral adjunto", afirmou um porta-voz-da Fifa.

Kattner, diretor financeiro da Fifa desde 2003, foi nomeado secretário-geral adjunto em 2007, no momento em que Valcke foi designado secretário-geral.

Conhecido por ter sugerido que o Brasil levasse um "chute no traseiro" para acelerar os preparativos da Copa do Mundo de 2014, o francês Valcke foi demitido do cargo de secretário-geral da Fifa na quinta-feira após uma "série de denúncias" contra o dirigente.

"Jerôme Valcke foi demitido com efeito imediato, até nova ordem. A Fifa tomou conhecimento de uma série de denúncias envolvendo o secretário-geral, e pediu para que uma investigação oficial seja realizada pela Comissão de Ética da Fifa", explicou a organização que rege o futebol mundial em um comunicado.

Na quinta-feira, a imprensa inglesa noticiou suspeitas do envolvimento do dirigente num esquema de venda ilegal de milhares de ingressos da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, citando denúncias de um executivo de uma empresa marketing responsável por comercializar entradas VIP, Benny Alon.

No momento em que estourou o mega-escândalo de corrupção da Fifa, em maio, Valcke, chegou a ser acusado de transferir 10 milhões de euros em contas de Jack Warner, ex-presidente da Concacaf, como retribuição da África do Sul por ter sido escolhida para sediar a Copa do Mundo de 2010.

Por meio de seu advogado Barry Berke, do escritório nova-iorquino Kramer Levin, Valcke se defendeu das acusações.

"Jérôme Valcke nega categoricamente as acusações inventadas e intoleráveis formuladas por Benny Alon sobre a suposta revenda de entradas para o último Mundial", afirmou Berke em um comunicado.

Braço direito do presidente demissionário Joseph Blatter, o francês de 54 anos negou as acusações, e a Fifa explicou que Valcke era apenas um intermediário, e que o dinheiro era estinado a programas de desenvolvimento do futebol no Caribe.

A Fifa deve eleger um novo presidente em 26 de fevereiro, após o escândalo sem precedentes que provocou a detenção de 14 pessoas a pedido da justiça americana: nove altos dirigentes da entidade e cinco empresários do ramo do marketing esportivo.

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