Barack Obama: Governo do presidente americano e o alemão trabalham em um acordo para regular o trabalho das agências de inteligência (Larry Downing/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2013 às 14h58.
Berlim - A Alemanha não deu por fechada a polêmica gerada pela suposta espionagem dos EUA em território alemão, enquanto os ministros do Interior, Hans-Peter Friedrich, e das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, reivindicaram ao governo americano nesta segunda-feira mais explicações e regras claras para o futuro.
Ambos os ministros transferiram esta mensagem aos parlamentares americanos que visitaram Berlim para analisar o caso, o senador Chris Murphy e o congressista Gregory Meeks, que também se reuniram com o conselheiro de política externa da chanceler Angela Merkel e com os membros da comissão de segredos oficiais do Bundestag (câmara baixa).
O ministro do Interior da Alemanha deixou claro após o encontro que os EUA necessitam fazer "um esforço extraordinário para recuperar a confiança perdida", já que "a espionagem entre amigos é totalmente inaceitável", em referência às escutas ao celular da chanceler.
Por sua parte, Westerwelle reivindicou "regras claras" para o trabalho futuro dos serviços de inteligência, o que exige, advertiu, respeitar o equilíbrio entre a segurança e a proteção da privacidade.
O senador Murphy reconheceu a "legítima preocupação" que tem Alemanha perante este caso, mas se mostrou confiante em que esse caso não alterará a relação transatlântica.
O presidente americano, Barack Obama, se comprometeu a concluir a revisão do trabalho de seus serviços de espionagem até dezembro e, enquanto isso, seu Governo e o alemão trabalham em um acordo para regular o trabalho das agências de inteligência.