"Estamos felizes e aliviados por chegarmos a um acordo" que sirva para alcançar um "esclarecimento histórico, afir presidente alemão (Getty Images/Reprodução)
AFP
Publicado em 31 de agosto de 2022 às 12h11.
O governo alemão e famílias de vítimas israelenses do ataque perpetrado durante os Jogos Olímpicos de Munique-1972 assinaram um acordo de indenização, 50 anos depois da tomada de reféns, anunciou o Ministério do Interior.
O Executivo federal, a região de Baviera e a cidade de Munique vão pagar cerca de 28 milhões de euros aos familiares das vítimas do ataque que deixou 18 mortos, entre eles, 11 atletas israelenses, disse à AFP um porta-voz da pasta.
A Alemanha também vai tirar a confidencialidade de documentos relacionados ao atentando e à criticada operação de resgate para análise de historiadores alemães e israelenses.
O acordo inclui a participação dos familiares em uma cerimônia prevista para segunda-feira em Munique, mas alguns já haviam anunciado um boicote, informou o porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, em nota.
O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, e seu colega israelense, Isaac Herzog, anunciaram que estarão no evento.
"Estamos felizes e aliviados por chegarmos a um acordo" que sirva para alcançar um "esclarecimento histórico, reconhecimento e indenização pouco antes do aniversário de 50 anos e da visita de Estado do presidente israelense à Alemanha", afirmou a nota dos líderes.
"O acordo não é capaz de curar todas as feridas", lamentaram ambos os presidentes, mas demonstra que o Estado alemão assume sua "responsabilidade e reconhece o terrível sofrimento das vítimas e seus familiares", acrescenta o texto.
"Quero expressar minha gratidão por este importante passo dado pelo governo alemão, liderado por Scholz [chanceler alemão, Olaf], assumindo sua responsabilidade e disponibilizando indenizações pela injustiça histórica às famílias das vítimas do massacre de Munique", afirmou Herzog.
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