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Alemanha prepara envio de refugiados a Grécia

A decisão foi apoiada na Convenção de Dublin, que não era aplicada desde 2011 pela crise enfrentada na Grécia, mas que agora voltou a ser utilizada

Refugiados: as autoridades de ambos países estão preparando as operações (Michaela Rehle/Reuters)

Refugiados: as autoridades de ambos países estão preparando as operações (Michaela Rehle/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 12h33.

Berlim - O governo alemão prepara, em coordenação com o Executivo em Atenas, o envio de refugiados à Grécia, com base na Convenção de Dublin, que determina que o Estado responsável pela análise do pedido de asilo apresentado num Estado-membro cabe ao país de chegada do solicitante.

O ministro de Migração da Grécia, Ioannis Mouzalas, confirmou à televisão pública alemã "ARD" que as autoridades de ambos países estão preparando as operações, suspensas desde 2011 por conta da situação na Grécia.

Atenas deu autorização agora a estas expulsões, confirmou Mouzalas ao programa "Report Mainz", que será exibido amanhã.

Os afetados por essa norma serão refugiados que saíram da Grécia em direção a outros países do bloco comunitário a partir de março de 2017.

A Convenção de Dublin não era aplicada desde 2011, por falta de possibilidades reais da Grécia de realiza-la. Na crise migratória de 2015, a maioria dos solicitantes chegou ao bloco pela via território grego

Com base na Convenção de Dublin, o Ministério de Interior alemão já tramitou 302 petições de expulsão para à Grécia. O ministro grego afirmou que houve "pressões dos países da UE" para que volte a admitir expulsões ao seu território e adisse que o seu país aprovou um "pequeno número" destas operações, procedentes da Alemanha e de outros países.

Desde 2015, a Alemanha recebeu 1,3 milhão de peticionários de asilo, principalmente através da Rota dos Balcãs. Com o fechamento das fronteiras nessa via e o acordo entre a Turquia e a UE em matéria de refugiados, o fluxo foi diminuindo significativamente.

Nos últimos meses, a Alemanha seguiu recebendo uma média de 15 mil peticionários por mês, mas em junho seguiam pendentes de avaliação e resolução de 165 mil trâmites acumulados.

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